domingo, 13 de novembro de 2011

Destaque Político SC: PSD muda correlação de forças nas bancadas de Santa Catarina

Partido surge com representação de peso na Câmara Federal e na Assembleia. O partido começou com polêmica, envolvido em denúncias de irregularidades e em meio a uma crise existencial: ser ou não ser governista?
Até rolou suspense sobre se conseguiria cumprir todas as formalidades legais para conseguir garantir o registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), obtido em 27 de setembro. Mas o PSD alterou a correlação de forças nas bancadas?
Sim. Seja na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa ou em câmaras de vereadores, as novas configurações produziram um realinhamento de forças. Com o governador Raimundo Colombo na liderança, o partido já nasceu bem grandinho em Santa Catarina.
Na Assembleia Legislativa, tem a segunda maior bancada isolada. Se, antes, o DEM dividia o posto com o PT, ambos com sete deputados, a bancada pessedista conseguiu atrair todos os demistas, além de um parlamentar do PP e outro do PSDB. Com as conquistas, o partido do governador conta com nove deputados, um a menos do que o PMDB.
O discurso do presidente estadual do PSD, deputado Gelson Merisio, é o de que os nove deputados do partido não alteram o quadro dentro da AL. Segundo ele, o que define a queda de braço no Parlamento é a divisão entre governo e oposição.
— As duas bancadas (PMDB e PSD) fazem parte da base de sustentação do governo e não se trata de uma disputa sobre quem tem mais deputados — diz Merisio.
Mas uma leitura que se faz nos bastidores é que com uma bancada maior, o PSD reduz a dependência dos outros partidos, principalmente do PMDB, seu principal aliado. Hoje, por exemplo, a base aliada tem 31 deputados. Se, eventualmente, os peemedebistas romperem com o governo, o Executivo continua tendo a maioria. Esta "folga" do Executivo é creditada, também, ao apoio do PP, providencial aliado de última hora.
Para PT, partido fragilizou oposição. Na Câmara Federal, o novo partido também conseguiu trazer os três deputados eleitos pelo DEM e ainda ganhou uma cadeira a mais com a adesão do ex-petista Jorge Boeira.
Com este movimento, assim como na Assembleia, o PSD encosta no PMDB, com apenas um deputado a menos na bancada. O PT, embora tenha perdido um parlamentar nesse xadrez, não pode considerar a mudança completamente ruim, pois a criação do PSD fragilizou ainda mais a oposição.
O próprio líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que pretendia convidar o PSD para integrar a base de apoio da presidente Dilma Rousseff.
Considerando só a bancada catarinense, Dilma tem apenas dois deputados na oposição (bancada do PSDB), já que o PSD se classifica como "independente". Para os deputados, a mudança também pode ser significativa. Mudando da oposição para uma bancada mais "próxima" do Planalto, aumentam as chances de emplacar projetos e ter recursos.
— Na Câmara, a mudança foi relevante, porque o partido ganha maior visibilidade. Como a bancada do PSD terá postura independente, pode ajudar a aprovar ou rejeitar projetos — fala Merisio.

Fonte: Site Jornal A Notícia 06/11/2011

Nenhum comentário :

Postar um comentário