segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Conhecendo Nova Trento: Paróquia São Virgílio – parte 1

A história da Paroquia São Virgílio começa no ano de 1788 quando o Governador José Pereira Pinto mandou o Alferes Antônio José de Freitas com mais três soldados e quatro civis, fazer uma exploração no Rio Tijucas.
Foi, provavelmente, este Alferes, cuja viagem durou 20 dias, rio acima, que cedeu seu nome ao ribeirão e ao sítio onde hoje se ergue a cidade de Nova Trento.
Em 1835, um inglês, residente no Desterro, chamado Cristóvão Bonsfield, requereu uma sesmaria às margens do Ribeirão do Alferes, para estabelecer um engenho de serra e colônia agrícola. Esta localidade pertencia ao núcleo colonial “Príncipe Dom Pedro”, que abrangia as terras do sudoeste da Colônia Itajaí. O núcleo compreendia 4 distritos: Três foram ocupados por alemães, vindos na sua maioria de Baden, na Alemanha. Um quarto, localizado mais ao sul, às margens do Rio do Braço, foi ocupado por italianos, vindos da região de Trento, aqui chegados em duas levas, a primeira a 2 de dezembro de 1875 e a segunda a 1º de janeiro de 1876. Consta que estes emigrantes desembarcaram em Itajaí, subindo aquele Rio desembocaram em Brusque, ascenderam as montanhas e desceram nas valadas do Rio do Braço, de Tijucas, onde se estabeleceram.
Aos 31 de junho de 1874 as terras da antiga sesmaria de Cristóvão Bonsfield e as colônias marginais dos ribeirões Crecker e Moura, vieram a constituir o 4º Distrito da Colônia – município São Luís Gonzaga, com sede em Brusque.
Já em 1876 era erguida uma Capela dedicada a São Virgílio, construída de tabique e coberta de palha, que durou até 1883. A escolha de São Virgílio como Padroeiro se deveu ao fato de ter sido este Mártir, Bispo de Milão, Diocese de onde partiram os imigrantes italianos para cá vindos.
Os padres seculares, de Brusque, foram os primeiros a prestar assistência pastoral ao povo neotrentino. Sucederam-lhes os padres jesuítas, que já aqui chegaram em 1877, como missionários. Decididos a permanecer em Nova Trento, lançaram a pedra fundamental de sua residência já em 1878, onde se fixaram definitivamente em 8 de dezembro de 1879.
Em 1883, Nova Trento foi elevada a Distrito Policial, em 1890 a Distrito de Paz e, a 08 de agosto de 1892 pela nº 36, a Município. Aos 4 de abril de 1884, a Lei Provincial nº 1074, criava o Curato de Nova Trento, dependente da Paróquia de Brusque. Em 1879, com a aprovação do Governo Imperial, o 4º Distrito recebeu o nome de Nova Trento.
Em 1883 inicia-se, na sede do Distrito, a construção de uma igreja, dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, concluída em 1885. Reformada a partir de 1905 e ampliada em 1911, quando da criação da Paróquia, em 1929 serviu de Igreja Matriz até a construção da atual, a partir de 1940.
Somente em 1890 foi aberta a primeira ligação terrestre da colônia, a estrada Nova Trento – Tijucas. Até então, a única saída era o Rio Tijucas. Através dele os colonos transportavam, em balsas de madeira e barcaças a remo, os produtos de sua colônia. Data também desta época a estrada que liga Nova Trento a Brusque.
Em 1895 Nova Trento recebe a primeira Visita Pastoral, do então Bispo de Curitiba, Dom José Camargo de Barros, que na oportunidade deu aprovação eclesiástica à recém fundada Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e oficializou o Morro da Santa como ponto de peregrinação.
No ano de 1899 o Pe. Luís Maria Rossi, superior da residência dos jesuítas em Nova Trento, teve a ideia de erigir cruzes de madeira nos quatro pontos mais altos da Paróquia: os morros Barão de Charlach (1.100 m), Lima (700 m), Bela Vista (600 m) e da Onça (525 m).
Pela Lei nº63, de 1º de outubro de 1921, a Superintendência de Nova Trento doava uma área de terras, com 20 metros de frente, anexa ao terreno de propriedade dos padres jesuítas, para a construção da futura Igreja Matriz daquela cidade. Após diversos estudos, em 31 de janeiro de 1922 era enviada, devidamente aprovada pela Cúria Metropolitana, a planta do novo templo.

Continua...

Fonte: site Paróquia São Virgílio 20/12/2011

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