Aconteceu em Setembro de 1997
“Alegando total incapacidade financeira para manter a prefeitura funcionando normalmente, o prefeito Saul Rover confirmou o afastamento de 27 pessoas dos quadros do executivo municipal a partir de quarta-feira, 1º de outubro, entre funcionários, secretários, diretores e assessores especiais, todos por tempo indeterminado.
Se a saúde das finanças públicas vai mal, também o estado físico de Rover passa por momentos de desequilíbrio, requerendo, tal como a coisa pública, cuidados especiais. O prefeito eleito pelo PFL, e que já anunciou a sua saída do Partido da Frente Liberal, está afastado por tempo indeterminado do comando administrativo da cidade, assumindo em seu ligar o vice-prefeito Jorge Ferraro. “A realidade da prefeitura de Nova Trento é crítica”, anuncia.
As despesas fixas e os compromissos com financiamentos antigos e novos, não estão sendo cobertas pela arrecadação municipal. “Provavelmente, nos próximos anos, o prefeito Saul Rover terá que ficar sem seu secretariado”, prevê Ferraro.
Repousando para tratamento médico em sua residência, Rover fez questão de destacar algumas das principais realizações de sua administração ao longo de nove anos de mandato. Duas pontes de concreto, 1,8 mil metros de tubulação, 2,5 mil metros de calçamentos, R$ 24 mil para construção de duas salas de aula no Aguti, um trator e implementos para a agricultura e um ônibus para os estudantes neotrentinos que frequentam cursos em outras cidades.
Para o prefeito Saul Rover, um dos projetos de maior destaque em sua administração é a usina de leite “Trentolat”, construída com financiamento a fundo perdido através do projeto de parceria coma Província de Trento, na Itália. “Também o Plano Diretor de Vígolo e o pagamento de dívidas deixadas por administrações anteriores merecem ser lembradas”, justifica.
“Não tentem subir a escada derrubando os outros”, ensina o prefeito à oposição, que vem tecendo pesadas críticas à sua administração, principalmente em relação à saúde e à educação. “...o professor Marcolla (Valentim Marcolla – diretor do Colégio Francisco Mazzola) deveria mesmo é se preocupar com o caos que passa a educação do colégio”, rebateu Saul Rover a um dos críticos mais contundentes de seu mandato.”
Fonte: Jornal O Município 09/1997
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