quinta-feira, 19 de abril de 2012

Conhecendo Nova Trento: Bugres – Os índios que habitaram Nova Trento

Hoje é dia do índio no Brasil, e em Nova Trento também tivemos indígenas que habitaram nosso município. Eles foram os primeiros donos dessas terras!
 Durante o processo de colonização de Nova Trento e região, inúmeros conflitos foram deflagrados entre os colonos e os índios Carijós, ou bugres como também eram conhecidos pelos colonizadores.
Os bugres estavam em nossas terras, muito tempo antes da chegada dos imigrantes italianos em 1875. Eram os verdadeiros donos da terra, que nas primeiras décadas de colonização foram praticamente exterminados pelos caçadores de bugres ou buguereiros (bugreiros). O mais famoso deles foi "Matim Buguereiro".
Considerados selvagens, acabavam despertando medo e ódio em muitos colonos, que os caçavam como quem caça animais, pois eram considerados pelos brancos como muito agressivos.
Muitos conflitos foram registrados em nosso município, principalmente no interior. Mas há relatos também na localidade de Ribeirão da Velha, Pitanga conforme livro “Nova Trento” de Wálter Piazza, 1950. Henrique Carlos Boiteux, primeiro Prefeito de Nova Trento, escreveu em seu trabalho histórico que onde está a praça central, existia ali um acampamento de bugres.
”Eles pertenciam à tribo dos Xokleng e Kaingang, também conhecidos por “botocudos” por usarem adereços de madeiras e dentes de animais em furos nos lábios. Moravam em cavernas e embaixo de peraus, se alimentavam de caça, frutos silvestres e pinhão. Circulavam livremente por esta região até Lages.
Quando se iniciou a colonização, o governo contratou homens para exterminá-los, já que atacavam os colonos tentando proteger suas terras. Os bugres costumavam dançar ao redor de fogueiras antes de dormirem.
As localidades que mais tinham bugres eram as regiões que hoje são conhecidas como Vargem dos Bugres e Rio Emiliano em Leoberto Leal, porém, aos poucos, todos foram extintos.”

Fontes: Livro “Nova Trento” Wálter Piazza, 1950; Jornal O Município 20/07/2001; Livro Leoberto Leal História de uma terra e de sua gente, 2007.

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