domingo, 3 de junho de 2012

Destaque Político Brasil: Lula vai à TV pela primeira vez após o câncer e faz campanha para Haddad

Em sua primeira entrevista na TV desde o fim do tratamento contra o câncer, o ex-presidente Lula aproveitou para fazer também o primeiro ato midiático em favor de seu pupilo e candidato a prefeito de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad (PT).

          O programa escolhido foi o do ex-deputado federal Ratinho, de quem o ex-presidente se disse amigo há anos.
A informalidade característica da atração do SBT — e a disponibilidade do apresentador, que reiterou à exaustão os agradecimentos a Lula pela entrevista — geraram o palanque ideal para expor Haddad, desconhecido de grande parte do eleitorado paulistano. O entrevistado era Lula, que permaneceu no ar por 50 minutos, mas, ao longo do programa, o ex-ministro foi chamado ao palco — onde ficou por 20 minutos.
Descontraída, a entrevista foi salpicada de alfinetadas na oposição e escadas para Haddad brilhar. Na empolgação, Lula admitiu que, se Dilma Rousseff, por alguma circunstância, não disputar a reeleição, ele concorrerá para "não deixar um tucano voltar". Os temas predominantes foram saúde e educação. Ao se referir à saúde, Lula atacou a oposição por ter acabado com a CPMF — o imposto do cheque, derrubado no final de 2007.
— A oposição derrubou a CPMF e tirou da saúde R$ 40 bilhões. Era um imposto para rico. Tudo para me prejudicar, mas prejudicaram o povo pobre que precisava da saúde.
Em clima de comemoração pela recuperação da saúde, o ex-presidente disse persistirem as dores para comer e a falta de mobilidade na perna esquerda. Em seguida, Ratinho exibiu dois depoimentos em homenagem a ele: do ex-jogador Ronaldo Nazário e do sambista Zeca Pagodinho. Lula brincou com o apresentador ao se referir à nova vida longe do Planalto, dizendo que "só então descobriu que as portas tinham maçanetas" e afirmou já ter dito a Marisa Letícia que deixaria a política várias vezes, "desde 1978".
Quando Haddad se aproximou, chamado por Ratinho, os petistas enumeraram programas bem-sucedidos do governo e, em especial, do Ministério da Educação — como o ProUni, que ofereceu bolsas universitárias a estudantes de baixa renda. Até uma entrevista com uma beneficiária do programa foi ao ar.
Em relação à polêmica reunião em que, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, Lula o teria pressionado para adiar o julgamento do mensalão, o ex-presidente foi sintético:
— Quem inventou que prove, o tempo se encarrega de provar.

Fonte: site Jornal A Notícia 01/06/2012

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