terça-feira, 12 de junho de 2012

Eleição 2012: Partidos têm desafio de cumprir lei sobre candidaturas femininas

Cota mínima de 30% nas nominatas será exigida nas eleições 2012. A regra que exige a participação de pelo menos 30% de mulheres nas chapas para eleições proporcionais levou às urnas em 2010 uma série de candidatas "laranjas", aquelas que emprestaram seus nomes ao partido apenas para cumprir a legislação.

Nas eleições municipais, esta será a primeira em que a norma será aplicada, e o desafio dos partidos de preencher a lista feminina deve ser ainda maior, especialmente em cidades pequenas.

Candidata a deputada estadual em 2010 e presidente do PSD Mulher, Rose Bartucheski admite que há dificuldades em encontrar mulheres que tenham interesse em participar da vida pública. 
— As mulheres não estão mais aceitando preencher cotas, elas querem seu espaço com dignidade.
Para a deputada estadual Ada de Luca, terceira vice-presidente do PMDB, todos os partidos terão dificuldades nesta eleição porque dentro das próprias siglas as mulheres ainda precisam "travar lutas" para conseguir espaço. Ada acredita que a cota foi uma vitória feminina.
Assim como ela, a pré-candidata a prefeita da Capital e presidente do PC do B, deputada Angela Albino, acredita que as cotas podem ajudar a aumentar a participação feminina na política, mas diz que essa precisa ser uma medida transitória. Angela afirma que vai conseguir cumprir a lei e que tem a preocupação de não usar "laranjas".
Mas a eficiência da medida de cotas é questionada inclusive por mulheres. A presidente nacional do PP Mulher, Beth Tiscoski, diz que é contra e acredita que é preciso motivar as mulheres nos partidos. Ela disse que a sigla incentiva a participação feminina, mas que tem dificuldades em encontrar mulheres que queiram ser candidatas.
A prefeita de Camboriú e secretária-geral do PSDB, Luzia Coppi, também concorda que os partidos devem aumentar a adesão das mulheres não apenas em ano eleitoral. 
— Tem que ser feita política partidária para chamar as mulheres, fomentar mais a participação das mulheres nos diretórios, chamá-las para as decisões e não lembrar só na época de campanha — afirma.
A ministra Ideli Salvatti (PT) defende as cotas, mas acredita que a medida não é suficiente para garantir a participação. Mesmo reconhecendo que diversos partidos têm candidatas apenas para preencher a exigência legal, ela diz que já conheceu mulheres que aproveitaram a brecha e foram eleitas. 
            Em Nova Trento, a dificuldade em preencher vagas para as mulheres também é grande. Pelo que se tem conhecimento o PSDB teria a ex-vereadora Cinelândia; o PPS a vereadora Elza, Cristina Adami e talvez Eli Cassaniga; o PMDB a vereadora Atair e Cleni; o PTB teria Dalila Facchini, Eliane Bastiani e uma terceira candidata; No PT não há informações de nomes femininos. Já o DEM e o PP até o momento não possuem candidaturas femininas.

Fontes: site Jornal A Notícia 09/06/2012, pesquisa de campo 

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