quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Eleição 2012: Nova Trento viveu durante a maior parte da campanha um “Paraíso Eleitoral”

          Nova Trento comparado com os outros municípios da nossa região viveu durante a maior parte da campanha um “Paraíso Eleitoral”, apesar de alguns fatos isolados.

      Sim paraíso eleitoral e em alguns momentos paralisia eleitoral. Quando alguns neotrentinos passavam por São João Batista, Canelinha e Tijucas presenciavam uma forma diferente de fazer campanha política.
Em São João Batista foi comum observar aglomerados e concentrações de militantes dos candidatos a prefeito em pontos do centro da cidade, com bandeiras e som dos jingles de campanha. Em Canelinha puderam presenciar dezenas de casas com uma enorme bandeira hasteada com as cores de seus partidos, sem medo de demonstrar sua escolha política.
Na capital do Vale, Tijucas foram realizadas enormes carreatas e comícios que fizeram os eleitores participarem da campanha dos candidatos. Nesses municípios do Vale, foguetadas, buzinaços, bandeiraços, concentrações, panfletagens, comícios, carreatas e passeatas fizeram parte da campanha eleitoral.
Por outro lado, nessas cidades foram encontrados provocações, brigas, intrigas pessoais, desobediência à ordem pública provocada pela paixão doentia de ambos os grupos políticos. Infelizmente isso ocorre na política, que deveria ser um processo sadio e democrático.
Em nossa cidade uma grande parcela da população não participou diretamente do processo eleitoral, muitos não queriam se manifestam ou por não gostarem de política ou por medo de retaliação se seu candidato não fosse o vencedor.
Mas nem sempre foi assim. A história política neotrentina nos mostrou que sempre que houve apenas dois concorrentes a chefia do poder executivo, as campanhas foram mais acirradas, até pelo fato que era situação contra oposição. Ficava mais difícil o eleitor se apresentar neutro, pois se ele criticava a administração, na visão dos partidários, ele era oposição, mas se achava que o governo era bom, era da situação.
Nas décadas de 1940 a 1960 a disputa ficava entorno dos partidários do PSD e UDN, que personificavam o período mais acirrado das disputas eleitorais em nossa cidade e no país, sempre com dois candidatos.
Nas décadas de 1970, 1980 e até a metade da década de 1990, a batalha eleitoral ficava por conta dos militantes da Arena/PDS e MDB/PMDB. As disputas entre esses dois grupos, era bem menos que nas décadas anteriores. Nessa fase eram os defensores do regime militar (arenistas) contra defensores da democracia (emedebistas).
Na segunda metade da década de 1990 para cá, tivemos eleições com mais de dois candidatos (exceto em 2008), sendo que outros partidos conquistaram o poder, dividindo a rivalidade entre oposição e situação.
Há quem diga que até hoje continua o embate político entre os partidários do PDS (hoje PP) e PMDB, como presenciamos neste ano de 2012, apesar de termos também candidatos do PPS e PTB.
Nas eleições de 2000, 2004 e 2012, tivemos mais de três candidatos, que poderiam ter vencido aqueles pleitos. Assim ficava fácil encontrar eleitores que se diziam em dúvida, que estavam neutros, não se posicionando em relação aos candidatos.
Foi em 2000 talvez a eleição mais tranqüila que tivemos, pois, a manifestação ocorria por parte de partidários dos candidatos, não tendo um embate entre a situação e oposição declarado. O candidato que defendia a administração foi o que menos conquistou votos.
O que se presenciou nos últimos três dias de campanha em 2012, com a propagação da cassação ou não de Sandra e Gian, até por meio de comunicação escrito, foi algo nunca visto na cidade. Muita mentira, boatos, manifestações, e desconfiança por parte dos eleitores no dia da votação pode ter refletido no resultado da eleição, e a indefinição do Prefeito e vice, declarados eleitos pela Justiça Eleitoral.
Neste ano de 2012, apesar de termos conhecimento de alguns fatos isolados entre militantes, e a confusão dos últimos dias, no geral na maior parte da campanha ficou mais para um paraíso eleitoral, e em alguns momentos paralisia eleitoral, em dias que não houveram eventos políticos.
Esperamos que continue por parte da maioria dos políticos o respeito um com o outro para o bem de nossa cidade, mesmo depois do resultado oficial ainda não ter sido divulgado pela justiça Eleitoral.

Fonte: Pesquisa de campo 21/10/2012

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