terça-feira, 6 de novembro de 2012

Eleição 2012: Movimentações das cúpulas partidárias visam eleições de 2014

Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos. PT, PSDB e PSB.
Três nomes, três siglas para 2014, referendadas pelos resultados das urnas na disputas municipais. Consolidado com os votos de 31,7 milhões eleitores nas 50 cidades em que tiveram segundo turno, o pleito que renovou as prefeituras abriu oficialmente a nova corrida presidencial. Disputa que começa com a polarização tradicional entre PT e PSDB, ocupantes do Palácio do Planalto há cinco mandatos, mas consolida o PSB como potência emergente.
Dilma e Aécio encabeçarão suas chapas. E ambos sonham com o apoio de Eduardo Campos. Os futuros movimentos do governador de Pernambuco e presidente do PSB, fortalecido pelo salto de duas para cinco capitais, são considerados incertos, mas capazes de influenciar os rumos da eleição de 2014.
Integrante da base de Dilma, Campos rompeu com o governo em muitas capitais e cidades polo, impondo doloridas derrotas em Belo Horizonte, Recife e Campinas. Em seu quintal, tirou a prefeitura que pertencia ao PT e conduziu seu ex-secretário Geraldo Julio à vitória tranquila sobre o candidato da situação, o senador Humberto Costa (PT).
Já na capital mineira, o governador se aliou com Aécio Neves em favor do candidato pessebista Marcio Lacerda, que derrotou Patrus Ananias, afilhado de Dilma. Nesta composição, Campos deu indícios de que, no futuro, pode fechar com o PSDB para um possível embate contra o PT, apesar do ensaio de própria candidatura.
O governador não pretende esperar 2018, temente com o crescimento de Fernando Haddad, que entra na fila de presidenciáveis após o sucesso em São Paulo. Para os próximos dois anos, a missão do PSB será ampliar a influência, hoje mais concentrada no Nordeste, para os Estados do Sudeste e Sul.
— Teremos um papel importante em 2014. Qual será? É uma análise que vamos fazer. Consolidamos uma nova liderança política, ganhamos musculatura — comemora Beto Albuquerque, segundo vice-presidente nacional do partido.
Apesar do crescimento do PSB, os cardeais petistas não demonstram pressa. Preferem, primeiro, reforçar na reforma ministerial que se avizinha o espaço de seu principal aliado, o PMDB, e abrir vaga para o PSD de Gilberto Kassab. A questão de Eduardo Campos terá de esperar.
— É uma conversa para o começo de 2014. O Campos vai avaliar bem se vale a pena se lançar ao Planalto. Se a economia estiver boa, se a aprovação do governo seguir alta, não vai arriscar — analisa um interlocutor da presidência.
A vitória de Haddad em São Paulo reforça o otimismo do partido no quarto mandato consecutivo. Dilma concorrerá por um partido fortalecido e renovado. Aposta bem sucedida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o triunfo de Haddad devolveu à sigla o poder na maior cidade do país, com orçamento batendo nos R$ 40 bilhões. Ainda praticamente sepultou as chances de José Serra concorrer ao Planalto, enfraquecendo o PSDB em seu principal reduto eleitoral.

Fonte: site Jornal A Notícia 28/10/2012

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