sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Eleição 2012: PSD catarinense sai fortalecido de sua primeira eleição municipal

Partido elegeu três prefeitos das 10 maiores cidades de Santa Catarina.
A aposta política do governador Raimundo Colombo, ao deixar o DEM, em 2011, e ajudar a fundar o PSD, trazendo consigo as principais lideranças do Democratas, se consolidou nessa eleição. O partido rompeu barreiras que a antiga sigla não havia ultrapassado antes, a principal foi eleger um prefeito na Capital do Estado, Cesar Souza Junior.
O PSD também foi o segundo a lançar mais candidatos a prefeito em Santa Catarina. O partido concorreu nas três cidades com segundo turno, mas em Joinville e Blumenau saiu derrotado. Levou três prefeituras das 10 maiores catarineses — São José, Chapecó e Florianópolis —, e aguarda o resultado de Palhoça, onde permanece sob júdice.
Gelson Merisio, presidente estadual do PSD e da Assembleia Legislativa foi, ao lado de Colombo, um dos articuladores da criação da sigla em Santa Catarina, e faz uma análise positiva dos números.
— Migrar foi uma decisão política acertada. Sob a ótica de um novo partido é um ótimo resultado, mas não atingimos a meta, de eleger 50% dos candidatos. Credito isso a opção de não envolvermos o governador diretamente nas disputas municipais. Foi algo calculado, pois teríamos uma série de problemas com os partidos aliados —, diz.
Colombo afirmou que sua participação foi muito discreta na eleição e que essa decisão tinha dois fundos. O primeiro por ser governador, que tem como dever cuidar do governo e não ir para o combate eleitoral direto. A segunda por ser resultado de uma coligação que conflitou na maioria dos municípios.
A formação de coligações e a possibilidade de diálogo com diferentes partidos — de esquerda, centro e direita —, foi um dos argumentos dos políticos para a mudança de sigla em 2011. O PSD foi criado para fugir do estigma do DEM, de partido de oposição ao governo federal. Raimundo Colombo, já governador na época de fundação da legenda, negociou a troca com as bancadas estadual, federal e com os prefeitos do DEM nas principais cidades catarinenses, entre elas Jaraguá do Sul, Chapecó e Blumenau.
Quebra de paradigmas: A conquista de 54 prefeituras em 2012 se deu através de alianças antes consideradas inviáveis. Um exemplo ocorreu na cidade de Nova Itaberaba, no Oeste Catarinense, onde foram eleitos o prefeito Antonio Domingos Ferrarini, do PSD, e seu vice, Iselto Civa, do PT. 
— O grande ganho não foi o resultado eleitoral, mas sim a quebra de paradigma, que nos permite abrir diálogo com siglas como PT, PC do B, que antes era impossível no DEM. O PSD tem as portas abertas com o diálogo, é a principal característica do partido. Criamos um arco maior de conversação com a população e com os principais agentes políticos —, afirma o presidente estadual Gelson Merisio.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, que foi um dos que seguiu Colombo em 2011, a avaliação dos resultados de 2012 é positiva, com a confirmação de antigas lideranças e também a apresentação de novos quadros.
— Essa foi nossa primeira eleição e saímos vitoriosos. Agora as eleições de 2014 irão definir o rumo do partido, vamos aguardar as definições nacionais, mas teremos representantes concorrendo, direta ou indiretamente —, afirma o secretário.

Fonte: site Jornal A Notícia 04/11/2012

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