sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Destaque Político SC: Oposição ameaça acabar com eleição de consenso na presidência da Assembleia Legislativa

Deputados contestam acordo entre Ponticelli e Titon para a presidência da Casa em 2013 e 2014.

Às vésperas da abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, marcada para sexta-feira, deputados de oposição decidiram contestar o acordo que elegeria por consenso o nome do deputado Joares Ponticelli (PP) para a presidência da Casa neste ano. Agora, os parlamentares articulam a possibilidade de lançar Jailson Lima (PT) ou Sargento Soares (PDT) como candidatos para a disputa.
Tanto Jailson quanto Soares dizem estar dispostos a concorrer, mas reconhecem que a eleição de Ponticelli é inevitável e que o ato é mais uma forma de contestar as costuras feitas entre o PP e lideranças da tríplice aliança. Se os oposicionistas mantiverem sua posição, esta será a primeira eleição em dez anos na AL em que o presidente não será definido por unanimidade.
— Esse acordo foi costurado por duas ou três pessoas entre quatro paredes. Isso afeta diretamente a autonomia do Legislativo. No plano deles, já está definido até quem vai assumir a presidência na próxima eleição — diz Soares, referindo-se ao acerto entre Ponticelli e o deputado Romildo Titon (PMDB), que deve assumir o comando da Casa em 2014 com o compromisso de reeleição em 2015.
Além disso, deputados petistas reclamam que a formação da nova mesa diretora poderá reduzir o espaço de representação da legenda. Atualmente, o PT conta com duas vagas na Mesa, mas há a possibilidade de a legenda ficar com apenas uma vaga no comando da Casa. O líder da bancada petista, Dirceu Dresch (PT), confirma a queixa, mas diz que o assunto ainda precisa ser discutido com todos os deputados da legenda.
— Não é uma posição da bancada, mas da maioria dos deputados. O PT tem uma das maiores bancadas na Assembleia e tem o direito de discutir essa questão. Uma coisa era apoiar a eleição do deputado Titon, mas aí o PMDB voltou atrás e decidiu aceitar o acordo com o PP. Como fica a oposição a partir de um acerto político vindo da base aliada ao governador? — argumenta Dresch.
Do outro lado, Ponticelli tenta acalmar os ânimos dos parlamentares, garantindo que escolha de nomes na Mesa Diretora não está definida e que a intenção é dar espaço a todas as bancadas.
— Estamos no processo de construção deste diálogo. Não tem nenhum jogo batido, nada está definido. Isso pode estar até sendo usado como uma justificativa deles. Ainda não sentei para conversar com a bancada do PT e nem eles me comunicaram o que querem. Meu discurso continua o mesmo. Quero fazer uma mesa eclética — diz.

Fonte: Site Jornal A Notícia 30/01/2013

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