sábado, 6 de abril de 2013

Atualidade: Candidatos ao governo de SC em 2014 ainda não estão definidos

O único nome natural na disputa é o do governador Raimundo Colombo (PSD).

O cenário pré-eleitoral em Santa Catarina ainda não tem seus protagonistas. Ao contrário de quatro anos atrás, quando se sabia de cor e salteado quem eram os cinco pré-candidatos ao governo, hoje apenas um nome é dado como certo na briga de 2014: o do governador Raimundo Colombo (PSD). As outras legendas, leia-se PMDB, PSDB, PT e PP, estão na costura de alianças e busca de nomes.
Em 2010, cada um dos principais partidos defendia um nome. Encerradas as negociações, sobraram três candidaturas e a tríplice foi reeditada com PMDB, PSDB e DEM (hoje PSD). 
A história agora é diferente. Há pouco mais de 15 dias, em um contexto de antecipação da corrida nacional entre Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), surgiram as primeiras manifestações públicas sobre a disputa em SC. Na tribuna do Senado, Paulo Bauer defendeu candidatura própria do PSDB ao governo, o que na prática significa o desembarque da tríplice aliança. A bancada estadual tucana reagiu e lançou nota contestando as manifestações do senador. Reafirmou apoio ao governo, o que agradou Colombo.
Os dois lados sabem que qualquer aliança para 2014 será influenciada pelo cenário nacional. Se Colombo apoiar Dilma, é difícil para o PSDB de Santa Catarina se sustentar na aliança. É necessário dar palanque a Aécio.
Os peemedebistas também avaliam os cenários. Há pouco mais de uma semana, em encontro na Capital que reuniu prefeitos e vereadores, o prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito, defendeu que o PMDB tenha candidato ao governo. Concordam o deputado federal Mauro Mariani, o ex-governador Paulo Afonso e o ex-prefeito Dário Berger. 
O próprio vice-governador Eduardo Moreira, que comanda o PMDB em SC, fala da possibilidade de os peemedebistas voltarem a ser protagonistas. Só não é visto como candidato pela base porque em 2010 abriu mão da disputa para ser vice. 
Outra vertente é articulada pelo senador Luiz Henrique, que sonha com a nova versão da tríplice aliança, com PSD, PMDB e o PT no lugar do PSDB. LHS e Paulo Bauer conversaram algumas vezes sobre o assunto nas caminhadas diárias pela Asa Sul. Em jantar em Brasília há 15 dias, Dilma teria dito a Colombo que gostaria de ver o PSD e o PMDB coligados ao PT em SC, como vem sustentando LHS. Concretizado este cenário, Colombo buscaria a reeleição, tendo o vice do PMDB. Um dos nomes cotados é o do secretário da Infraestrutura, Valdir Cobalchini. O Senado caberia ao PT.
Oficialmente, para os petistas, aliança com o atual governo está descartada. Pelo Estado, cresce a defesa pela candidatura própria. A coligação com os peemedebistas até é bem-vinda, desde que não venha acompanhada pelos pessedistas, o que é improvável. Entre os nomes apontados ao governo estão o deputado federal Décio Lima e o ex-deputado Claudio Vignatti, que tem conversado com os deputados peemedebistas na AL e é simpático à ideia da coligação.
A ministra Ideli Salvatti, que já teria ouvido da própria Dilma que faz falta no Congresso, não quer concorrer ao governo. Pode disputar o Senado, especialmente se a aliança com o PMDB vingar. Há a possibilidade de ser candidata a deputada federal e garantir mandato. 
Sem o menor interesse de voltar a ser oposição, o PP se articula para construir a aliança com o PSD. Em troca de apoio à reeleição de Colombo, os pepistas falam no vice ou na vaga ao Senado. O cenário seria o ideal para Joares Ponticelli.
Fracassadas as negociações com o PSD, uma alternativa seria o PSDB. Considerando a proximidade de Bauer com o casal Amin e as boas relações entre PSDB e PP na AL, este cenário também ganha força nos bastidores pepistas. Em outra frente, como plano C, surge o PT.
No PSD, obviamente é grande a mobilização para garantir a reeleição. Politicamente, os pessedistas aprovariam a reedição da tríplice, mas sabem que é difícil ter o PSDB. A aliança com o PT também é dada como improvável. Nenhum dos dois quer. 
Considerando o interesse de Dilma em ter o apoio de Colombo, nada impede que a presidente tenha dois palanques no Estado, um do PT e outro do PSD. Em tempo: a aproximação com o PP agrada.

Fonte: Jornal A Notícia 30/03/2013

Nenhum comentário :

Postar um comentário