segunda-feira, 1 de abril de 2013

Atualidade: Golpe militar no Brasil completa 49 anos hoje. Relembre momentos marcantes


A ditadura militar no Brasil durou de 1964 à 1985.
     Naquele período, militantes políticos que se opunham ao governo eram perseguidos e, por todo o País, protestos exigiam liberdade.
Em 1º de abril de 1964 o então presidente João Goulart sofreu um golpe das Forças Armadas e seguiu para o exílio no Uruguai. Os militares argumentavam que ele estava fazendo com que o Brasil se transformasse em um país comunista. Apoiados por grande parte da população, que temia os avanços da esquerda no País, os militares tomaram o poder.
Em 15 de abril, após uma junta militar ficar no poder, o general Humberto de Alencar Castello Branco assumiu a Presidência. Ele ficou no poder de 1964 até 1967
Durante o período em que ficou no poder, Castello Branco suspendeu os direitos políticos dos brasileiros, proibiu greves, cassou mandatos de parlamentares e dissolveu partidos políticos.
Os chamados AIs (Atos Instuticionais) fizeram parte do período de ditadura no Brasil. Por meio deles, os militares tentavam legitimar o golpe. Durante a fase em que o general Arthur da Costa e Silva ficou no poder (1967-1969), foi promulgado o AI-5, que cancelava alguns artigos da Constituição que poderiam beneficiar a oposição.
Assim, ficou mais fácil para os militares cassar direitos políticos, censurar a imprensa e restringir a defesa de acusados.
Surgiram vários protestos do Movimento Estudantil e de pessoas ligadas a imprensa contra a repressão e a censura realizada durante a ditadura militar.
Naquele período, Edson Luís, de 17 anos, foi morto em confronto com a polícia no restaurante Calabouço, no Rio de Janeiro. A morte do jovem, que aconteceu em 28 de março de 1968, gerou uma comoção e revolta de militantes. A foto mostra o velório do estudante.
Foi feito um cortejo com cerca de 50 mil pessoas pelas ruas do Rio de Janeiro, após o velório do estudante Edson Luís na Assembleia Legislativa.
A "Passeata dos 100 mil" reuniu intelectuais, artistas, padres, professores, entre outros, na zona conhecida como Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro. A passeata foi uma manifestação de protesto contra a ditadura militar e em consequência do assassinato do estudante secundarista Edson Luís de Lima Souto, em março de 1968, no restaurante Calabouço, no Rio, durante confronto com a Polícia Militar.
O elenco da peça "Roda Viva" de Chico Buarque, foi espancado em São Paulo pelo Comando de Caça aos Comunistas. Muitos cantores, atores e intelectuais foram perseguidos naquela época. Alguns deles precisaram sair do País, outros foram presos e até torturados.
Uma organização de esquerda, conhecida como MR-8, sequestrou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick. A foto mostra a vista de casa, que fica no Rio de Janeiro, onde ele foi mantido em cativeiro.
Em 1969, o guerrilheiro Carlos Marighella foi morto em São Paulo em uma emboscada dos militares. Marighella foi um dos representantes revolucionários mais respeitados no Brasil e chegou a ser considerado o "inimigo número um" da ditadura.
O general Emílio Garrastazu Médici esteve no poder entre 1969 e 1974, tempo que ficou conhecido como os "anos de chumbo" da ditadura, por ser o período em que a repressão foi mais intensa.
O ex-capitão do Exército que desertou e se tornou guerrilheiro, Carlos Lamarca, foi morto por tropas do exército em 1971. Ele era considerado inimigo de guerra do Estado Militar por lutar contra a ditadura.
O ex-deputado Rubens Paiva foi tirado de sua casa em 1971 por militares e morto pelo regime. O corpo de Paiva nunca foi encontrado.
A Guerrilha do Araguaia ganhou destaque no cenário nacional entre 1972 e 1975. Conhecida como um movimento armado, a guerrilha tinha como objetivo a derrubada do regime militar e a revolução socialista no País.
De 1974 à 1979, o Brasil foi governado por Ernesto Geisel, período em que ocorreu a crise mundial do petróleo, o que colocou um freio no ritmo de investimentos públicos no País.
Geisel assumiu o governo prometendo retorno à democracia por meio de uma distensão lenta, gradual e segura. Durante o governo dele, houve a revogação do AI-5 e restauração do habeas corpus.
Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog foi encontrado morto em uma cela do Comando do II Exército, em São Paulo, após ter sido preso e torturado por acusação de envolvimento com o partido comunista brasileiro.
João Baptista de Oliveira Figueiredo foi o último presidente do período militar. Autor da polêmica frase "prefiro cheiro de cavalo do que cheiro de povo", ele ficou no poder de 1979 até 1985. Aquele período foi marcado pela forte recessão e aumento na inflação. Durante o período em que Figueiredo esteve no poder, o pluripartidarismo foi novamente permitido.
Em 28 de agosto de 1979, o Presidente da República, João Figueiredo sancionou a Lei de Anistia. Na foto, Haroldo Lima, abraça amiga depois de ser libertado.
Então, a população foi às ruas para exigir a retomada do voto popular para presidente da República. Entre janeiro e abril de 1984, dezenas de comícios foram organizados nas principais cidades brasileiras. O maior deles, em São Paulo, contou com 1,5 milhão de pessoas e foi realizado no Vale do Anhangabaú. O movimento ficou conhecido como Diretas Já.
Finalmente em 15 de Março de 1985 encerrou o regime militar no Brasil, retornado a redemocratização do país com governos civis.

Fonte: R7 01/04/2013

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