sexta-feira, 17 de maio de 2013

Destaque Político Brasil: Eduardo Campos em busca de palanque em Santa Catarina

No dia em que anunciou sua saída do DEM para se juntar ao grupo que fundaria o PSD de Gilberto Kassab, em maio de 2011, o governador Raimundo Colombo afirmou
que o desafio da nova sigla seria construir "um projeto em sintonia com a sociedade de Santa Catarina e do Brasil". Segundo Kassab, a legenda não seria "nem de direita nem de esquerda, nem de centro". Nos bastidores da negociação para criar o novo partido, o alinhamento com o governador de Pernambuco, 
Eduardo Campos (PSB), que começava a construir seu caminho para se apresentar como terceira via ao duelo entre PT e PSDB na disputa pela Presidência da República, foi fundamental para que o Colombo tomasse sua decisão. Exatos dois anos depois, Campos chega a Santa Catarina nesta semana para participar de um evento de empreendedorismo em Joinville, em clima de campanha para 2014 e com um cenário completamente diferente. O PSD de Colombo está mais próximo do PT da presidente Dilma Rousseff do que nunca. 
— A presidente tem sido muito atenciosa com Santa Catarina e, da forma com que está caminhando, nosso apoio é natural e irreversível — diz o presidente do PSD-SC, Gelson Merisio. 
Com a aproximação entre os dois partidos, cabe ao PSB buscar novos aliados em Santa Catarina. Segundo o presidente da sigla no Estado, Geraldo Althoff, a candidatura de Eduardo Campos à Presidência veta totalmente o apoio à Dilma, mas não impede o apoio à reeleição de Colombo. 
— No âmbito federal, estamos totalmente fechados com nosso partido e com Eduardo Campos. Mas fazemos parte do governo de Colombo e queremos continuar. Não acredito que possa haver intervenção nacional quanto a isso, a não ser que o partido lance um candidato aqui, mas não há essa possibilidade — reforça. 
Apesar disso, membros da executiva nacional do PSB já sinalizaram que a ligação com Dilma não agrada. Na última semana, o deputado federal Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara, afirmou que Campos precisa de palanque exclusivo em SC. Uma das possibilidades seria se aliar ao PP, que lançaria no Estado um candidato que vista a camisa do governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência. 
A ex-prefeita de Florianópolis e ex-deputada federal Angela Amin seria um nome. O deputado estadual Joares Ponticelli seria outra possibilidade. Questionado, o deputado não confirma a aliança, mas também não descarta o cenário. 
— O PP tem que estar preparado pra empreender, mas com uma proposta que mantenha o partido unido e coeso. Apoiar Campos não é uma decisão, mas também não pode ser descartada como uma possibilidade. Eu empreenderei o desafio que o partido me der — diz.

Fonte: site Jornal A Notícia 12/05/2013

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