segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Atualidade: Sem Serra, PPS deve apoiar Eduardo Campos para presidente, diz Roberto Freire

O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, acredita que hoje está em "meio a meio" a chance de receber a filiação do tucano José Serra.
     No caso de o ex-governador de São Paulo preferir ficar no PSDB, a saída para o PPS deve ser dar apoio à possível candidatura presidencial de Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco.
Em entrevista ao programa "Poder e Política", da Folha e do UOL, Freire disse que a opção por Eduardo Campos como plano B do PPS terá de ser submetida aos demais integrantes da legenda. O dirigente partidário coloca o pernambucano no mesmo nível de Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB). Só que acredita que Campos é quem mais precisa de ajuda para se viabilizar e assim levar a eleição presidencial de 2014 para um segundo turno.
"Retirando toda ideia da emoção, da simpatia, se pudermos exercer esse papel, estaríamos exercendo o melhor papel que a oposição brasileira precisa. É importante uma candidatura de Eduardo Campos. Se tiver como ajudá-lo, nós não deveríamos pensar duas vezes", diz o dirigente do PPS.
A prioridade de Freire, entretanto, é atrair José Serra para a legenda. Se houver a adesão, o PPS torce para o quanto antes, pois assim ficaria facilitada a atração de mais políticos para o projeto.
Mas Serra ainda não teria chance de ser o candidato a presidente pelo PSDB? "Pelo PSDB ele não será", diz o presidente do PPS, que também avalia ser "nenhuma" a possibilidade de os tucanos irem de Serra em 2014.
Freire ironiza a proposta de Aécio Neves de fazer uma eleição prévia interna no PSDB para decidir quem será o candidato a presidente pela sigla. "O Aécio já colocou algo que fica como enganador: prévia depois de esgotado o prazo de filiação. É quase dizendo: 'Olha, nós vamos criar aí um mecanismo de impedir você ter a liberdade de sair do partido'. Porque depois, passado o prazo, vai sair para quê?".
Aos 71 anos, Freire diz enxergar um aumento de força do Congresso por causa de atritos entre o PT e o PMDB. Mas esse tipo de alteração não foi suficiente para impedir a lentidão no processo de cassação do deputado federal Natan Donadon, de Rondônia e eleito pelo PMDB, que foi condenado em definitivo pelo ST e está preso desde julho. Esse rito demorado e burocrático, analisa o presidente do PPS, é apenas um artifício que está sendo criado para depois beneficiar congressistas mensaleiros, que também terão de enfrentar a cassação.

 Fonte: Site Jornal Folha SP 23/08/2013

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