domingo, 22 de setembro de 2013

Atualidade: MP vai pedir notas de Amin à Câmara dos Deputados

Procurador diz que pretende encaminhar ofício ao presidente da Casa.

O procurador Marinus Marsico, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, disse que vai encaminhar até segunda-feira um ofício ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), pedindo a documentação original da prestação de contas do deputado federal Esperidião Amin (PP).
Conforme reportagem publicada ontem, o gabinete de Amin é suspeito de comprar notas frias para justificar o carro que, na verdade, pertence ao motorista do parlamentar – prática que o deputado nega e afirma desconhecer. 
Marsico, no mesmo ofício, questionará as providências que a Câmara pretende tomar sobre o ocorrido. Segundo análise jurídica preliminar do MP de Contas, não há dúvidas de que existem irregularidades na locação.
Ontem, o veículo continuava sendo utilizado. O Azera placa JIG 5311 estava estacionado no box de número 252 da Câmara, e também sob a direção de Jerônimo Rodrigues Souza, cujo filho teve o nome usado para registrar o veículo.
Segundo Amin, não serão tomadas medidas a respeito do funcionário até que uma investigação interna do gabinete esteja concluída. O parlamentar promete uma posição definitiva sobre o caso em uma semana.
– Estou indo para o aeroporto daqui a pouco, e vou de táxi. Espero serenamente saber direitinho, avaliar, até do ponto de vista de regras da Casa, o quanto isso é uma infração grave. Vou pedir inclusive que a própria corregedoria examine se eu cometi alguma irregularidade – prometeu o deputado, em entrevista à CBN Diário.
Amin contesta o termo “notas frias”. O parlamentar alega que o serviço estava sendo prestado normalmente, que o valor pago pelo aluguel (R$ 3,5 mil) seria inferior a média de mercado, e que não era responsabilidade dele saber de quem é o veículo.
– Em primeiro lugar eu acho normal que uma locadora tenha veículos que não sejam dela. Agora, quanto a alguém que trabalha no meu gabinete ter alugado à locadora e, por sua vez, repassado ao gabinete, isso eu vou examinar com muito cuidado – diz Amin.
Na opinião do secretário-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castello Branco, a falta de um controle rigoroso sobre os documentos apresentados pelos parlamentares favorece desvios. Uma vez apresentadas, as notas são reembolsadas sem contestação. 

Fonte: Site Jornal A Notícia 20/09/2013

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