quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ciência Política: Partido da Social Democracia Brasileira 45

Ideologia: Liberalismo social, Democracia Cristã, Social Democracia, Parlamentarismo.

Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é um partido político brasileiro. Foi fundado em 25 de junho de 1988 por importantes figuras do cenário político brasileiro, como o ex-presidente (à época senador) Fernando Henrique Cardoso. Seu símbolo é um tucano nas cores azul e amarela e, por esta razão, seus membros são chamados de "tucanos". Em 2008 foi o segundo partido em número de prefeitos eleitos no Brasil, superado apenas pelo PMDB.
Em número de filiados, o partido está atrás apenas de PMDB, PT e PP. Seu código eleitoral é o 45.
Em 2010, o partido teve 5 indicados pela Revista Época como os brasileiros mais influentes do ano. Os indicados pela revista foram o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex-governador de São Paulo José Serra, o senador eleito Aécio Neves, o governador eleito de São Paulo Geraldo Alckmin, e Antônio Anastasia, governador eleito de Minas Gerais.
Em 25 de junho de 1988 um grupo de dissidentes do PMDB capitaneados por pessoas de São Paulo e Minas Gerais levou a termo sua insatisfação com o governo Sarney, que haveria "de se constituir no primeiro da Nova República para se fazer o último da Velha República". 
Tal disparidade se acentuou durante a Assembleia Nacional Constituinte, onde os membros do partido votaram pelos quatro anos de mandato para o Presidente da República apesar de a tese dos cinco anos ter prevalecido, capitaneada pela maioria da bancada do PMDB e de políticos conservadores agrupados no "Centrão", liderados pelo deputado Roberto Cardoso Alves, grupo suprapartidário formado em fins de 1987.
Entre os fundadores do novo partido estavam José Richa, Franco Montoro, José Serra, Mário Covas, Carlos Antônio Costa Brandão, Humberto Costa Brandão, Carmelito Barbosa Alves, Waldyr Alceu Trigo e Fernando Henrique Cardoso, escudados por Sérgio Motta, Magalhães Teixeira e Geraldo Alckmin.
Fora de São Paulo o novo partido arregimentou Pimenta da Veiga, Eduardo Azeredo, José Richa, Artur da Távola, Célio de Castro, Afonso Arinos, Chagas Rodrigues, Almir Gabriel, Teotônio Vilela Filho, Aécio Neves, Arthur Virgílio e Maria de Lourdes Abadia. Posteriormente outros políticos, como Tasso Jereissati e Ciro Gomes, migrariam para o partido.
Segundo levantamento feito pela Editora Três via enciclopédia Brasil 500 Anos, a bancada inaugural do PSDB no Congresso Nacional possuía nove senadores e trinta e nove deputados federais, representando dezesseis estados e o Distrito Federal.
Destes, onze eram paulistas, porém a maior representação per capita era a de Alagoas, com quatro nomes numa bancada de onze membros contra os 63 oriundos de São Paulo. Para corroborar tais assertivas basta dizer que dois dos três senadores paulistas e três dos oito deputados federais alagoanos participaram da fundação do PSDB, inclusive Renan Calheiros.
Com este núcleo partidário, o PSDB foi formado pela confluência de diferentes pensamentos políticos contemporâneos: dos trabalhistas, adotou a primazia do trabalho sobre o capital; a ética, a solidariedade e a participação comunitária foram assimiladas dos pensadores católicos personalistas, e das ações políticas dos líderes europeus do pós-guerra. Trouxe do socialismo sua vertente democrática e do comunismo a luta dos trabalhadores por direitos iguais, inclusive no voto, e inclui ainda o combate ao totalitarismo de esquerda e direita.
Eleição presidencial de 1989: O PSDB disputou o primeiro turno da eleição presidencial de 15 de novembro de 1989, tendo o senador Mário Covas, seu candidato, conquistado o quarto lugar, num total de 22 candidatos, obtendo 11,52% dos votos válidos, correspondente a 7 790 392 votos, quando o segundo colocado, Luís Inácio Lula da Silva, obteve pouco mais de 11 milhões. No segundo turno, o partido apoiou a candidatura de Lula contra Fernando Collor de Melo.
Eleição presidencial de 1994: A caminhada vitoriosa do PSDB rumo à Presidência da República em 1994, segundo o livro A História Real, teria começado bem antes da campanha presidencial propriamente dita. As alianças feitas e desmanchadas anteriormente teriam sido, segundo os autores do livro, essenciais para o sucesso tucano.
Apesar de toda a rixa que existe atualmente entre PT e PSDB, esses partidos formaram muitas alianças antes da campanha de 1994, quando se separaram definitivamente.
O dia-chave para o PSDB e para Fernando Henrique virarem o jogo da eleição de 1994, que parecia certa para Lula, foi 21 de maio de 1993. Com Itamar Franco assumindo a presidência da república após o impeachment de Collor, houve uma coalizão da maioria dos partidos no congresso para dar apoio ao novo presidente. PMDB, PT, PFL e PSDB, os maiores partidos, acenaram apoio.
Posteriormente o PT desistiu, sendo esse conflito o motivo do desligamento de Luiza Erundina do partido, pois ela havia sido nomeada ministra. Nesse contexto, FHC, então senador, foi nomeado ministro das Relações Exteriores. Com oito meses do novo governo, Fernando Henrique assumiu o Ministério da Fazenda, montou uma equipe composta por, entre outros, Edmar Bacha, Pérsio Arida e André Lara Resende, e implantou o Plano Real.
Forjou-se a aliança definitiva entre PSDB e PFL, apesar do estranhamento inicial. O PSDB baiano, inimigo à época do PFL do mesmo estado, recusou-se a integrar a união, como também ocorreu no Maranhão. Outras rusgas surgiram, mas a aliança manteve-se coesa, apesar de tudo. Inicialmente, o PSDB tentou camuflar a aliança, dando o tom de liderança na chapa, mas a ajuda do PFL foi indispensável para a vitória nas eleições. O PFL detinha um imenso curral eleitoral no Nordeste, o que impulsionou a vitória.
Eleições gerais de 2002: Nas eleições presidenciais de 2002, o candidato do partido, José Serra, perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Lula teve 61,27% dos votos e Serra, 38,73%.
Nas eleições estaduais, o PSDB conseguiu manter relativa força, ganhando o governo de importantes estados como São Paulo (terceiro mandato consecutivo), com Geraldo Alckmin, Goiás, com Marconi Perillo, e Minas Gerais, com Aécio Neves.
Eleições gerais de 2006: Nas eleições presidenciais de 2006, o candidato do partido, Geraldo Alckmin, obteve 41,5% dos votos válidos no primeiro turno e foi para o segundo turno com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, quando este obteve 61% dos votos válidos, sendo reeleito. O ex-prefeito de São Paulo José Serra foi vencedor na disputa do governo do estado pelo partido já no primeiro turno, consolidando um domínio da legenda em São Paulo que completaria, ao fim de seu mandato, dezesseis anos de poder.
O PSDB saiu da eleição brasileira de 2006 com 66 deputados e quatorze senadores no Congresso Nacional, além de seis governadores. São eles: José Serra (São Paulo), Aécio Neves (Minas Gerais), Yeda Crusius (Rio Grande do Sul), Teotônio Vilela Filho (Alagoas), Cássio Cunha Lima (Paraíba) e José de Anchieta Júnior (Roraima), sendo que o último assumiu o governo após a morte do governador Ottomar Pinto, em 2007.
Eleições gerais de 2010: O candidato do PSDB na eleição presidencial de 2010 foi novamente José Serra. Ele perdeu no segundo turno para a candidata do PT Dilma Rousseff, Serra obteve quase 44% dos votos, enquanto Dilma obteve pouco mais de 56%. Embora não tenha vencido a eleição presidencial de 2010, o PSDB foi o partido que mais elegeu governadores, 8, e vai governar mais de 47% da população, considerando os estados governados pelo partido.
Em São Paulo, o partido conquistou 20 anos de governo, com a eleição em 2010 de Geraldo Alckmin. O partido forma em 2011 a terceira maior bancada na Câmara com 53 deputados federais e a terceira maior no Senado com onze eleitos, sendo o candidato Aloysio Nunes eleito Senador por São Paulo com onze milhões de votos, a maior votação da história para o senado. Aloysio também será o primeiro senador tucano eleito por São Paulo em 16 anos.
Pode-se ainda argumentar que atualmente o PSDB disputa com o Partido dos Trabalhadores a hegemonia política no Brasil. Os partidos políticos restantes, independentemente de seu tamanho, geralmente subordinam suas ações políticas nacionais aos movimentos desses dois partidos.
O PSDB do Município de São Paulo iniciou em Abril de 2011 um movimento em favor do sistema eleitoral para cargos no legislativo pelo Voto Distrital. Os Diretórios Zonais organizaram um abaixo assinado em apoio ao Projeto de Lei no Senado PLS 145/2011 de autoria do Senador Aloysio Nunes, que propõe a eleição de vereadores em cidades com mais de 200.000 habitantes pelo voto majoritário em Distritos com aproximadamente o mesmo número de eleitores.
Cada Partido indica 1 candidato e o mais votado em dois turnos, elege-se como vereador daquele Distrito. Na questão da reforma política, o partido tem se posicionado timidamente, dando indícios de apoio ao voto distrital e ao financiamento público de campanhas. Ao lado do PMDB e PT, tenta terminar com a coligação para as eleições proporcionais tendo em vista que isto fortaleceria os três maiores partidos brasileiros e debilitaria os menores.
Após a derrota do tucano José Serra na disputa para a prefeitura de São Paulo de 2012, o ex-presidente FHC defendeu que PSDB precisa de "um discurso convincente, afim com os problemas atuais do país" e de renovar os seus quadros. Ao lado do ex-senador Tasso Jereissati, o ex-presidente lança a pré-candidatura do senador mineiro Aécio Neves à presidência.

Candidatos a Presidentes da República:

- Mário Covas 1989
- Fernando Henrique 1994
- Fernando Henrique 1998
- José Serra 2002
- Geraldo Alckmin 2006
- José Serra 2010

Fonte: site Wikipédia 18/04/2013

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