Militantes do partido escolhem os
integrantes da presidência nacional, estadual e os dirigentes municipais.
No próximo domingo, dia 10, 21.706 mil
filiados ao PT em Santa Catarina irão às urnas para escolher quem será o
presidente estadual do partido. Entre os principais candidatos o discurso
oficial é da necessidade de se promover uma candidatura própria ao
governo do Estado.
Apesar de ainda ter quatro candidatos
na disputa, com uma desistência de última hora, a disputa está polarizada em
duas figuras: o prefeito de Brusque, Paulo Eccel, e o ex-deputado federal
Claudio Vignatti, que tem sua base eleitoral no Oeste catarinense e em
Florianópolis.
O que dizem os concorrentes:
O escolhido irá substituir o atual
comandante da legenda, o ex-ministro José Fritsch, e terá um mandato de quatro
anos. Na votação direta dos filiados, eles elegerão também os dirigentes
municipais e o comando do partido nacional. A disputa acirrada pode levar a um
segundo turno, previsto para o dia 24 de novembro.
Cada lado da disputa tenta emplacar
uma imagem no opositor. Para Eccel, Vignatti estaria apenas pensando em sua
própria candidatura ao governo do Estado e não dedicaria os mesmos esforços à
candidatura de colegas petistas. Já para Vignatti, a vitória de Eccel abriria
uma brecha perigosa em que o PT pode deixar de ter candidato em 2014 ao comando
estadual, na cogitada aliança PT, PSD de Raimundo Colombo e o PMDB de Luiz
Henrique.
Oficialmente, ambos afirmam que o
único caminho para o partido nas eleições do ano que vem é ter candidatura
própria. Existe o risco, porém, de que ocorra uma intervenção nacional do PT
para garantir um palanque considerado mais forte, que teria Colombo como cabeça
de chapa. A intervenção ocorreu em dois Estados em 2010, na eleição de Dilma
Rousseff à presidência: no Maranhão, obrigando apoio a Roseana Sarney (PMDB), e
em Pernambuco, com o apoio forçado à Eduardo Campos (PSB).
Correndo por fora, os outros
candidatos defendem posições mais ligadas às raízes da fundação do PT. Rene
Munaro, de 34 anos, e Francisco Lessa, de 57 – um dos fundadores do PT em Santa
Catarina –, acreditam que o partido se aproximou demais do centro e acabou se
afastando daqueles que alavancaram a legenda em sua origem, os diversos
movimentos sociais.
Fonte: Site Jornal A Notícia 08/11/2013
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