quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eleição 2014: Vignatti e Bauer tentam fortalecer candidaturas para a corrida pelo governo

Petista e tucano são os primeiro da fila na concorrência contra a reeleição de Colombo.

Dois nomes que estão em polos opostos, conforme aparece no plano nacional com  Dilma Rousseff e Aécio Neves, são os principais interessados em concorrer com o atual governador Raimundo Colombo (PSD) pela cadeira no Centro Administrativo do Estado. O ex-deputado federal Cláudio Vignatti, do PT, e o senador Paulo Bauer, do PSDB são os primeiros da fila de opositores do governador. 
Ambos trabalharam em 2013 para colocar seus nomes em evidência no cenário político e serem os primeiros da lista de possíveis candidatos em seus partidos. Com certas turbulências, foram eleitos presidentes de suas  legendas em Santa Catarina. E as semelhanças param por aí.
Paulo Bauer foi eleito em julho, após construir um consenso dentro do partido. Sua candidatura passou por embates públicos com o deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) que abriu mão de concorrer à presidência da legenda sob o compromisso de que Bauer fosse candidato ao governo. 
Hoje, Bauer afirma que a cabeça de chapa do PSDB é certeza e Marcos Vieira diz que não há plano B, que só um fato extraordinário mudaria a condição. Mas há desconfiança no meio político de que o senador possa abrir mão da cabeça de chapa para garantir uma composição mais forte para Aécio Neves.
Já Vignatti foi eleito em votação de todos os filiados do PT no Estado e ganhou a disputa que tinha como principal adversário o prefeito de Brusque, Paulo Eccel. Acabou eleito pelas bases por causa da desconfiança de que outro encaminhamento poderia levar o partido a se aliar a Colombo. Mas recebeu críticas dos outros candidatos por, supostamente, estar mais preocupado com seu projeto pessoal do que com os objetivos do PT nacional, escalão do partido em que a ideia de um palanque com o governador seria vista com bons olhos.

Cláudio Vignatti: “O meu nome está à disposição para o debate”
DC – Como estão os trabalhos para construir uma candidatura do PT ao governo do Estado?
Cláudio Vignatti – Primeiro, o PT não definiu ainda quem é o candidato. O partido está abrindo o debate e encaminhando para que cada município construa suas propostas para um projeto de governo para Santa Catarina e sugira candidatos. Temos tempo para isso. Vamos começar o planejamento para até o final de março batermos o martelo.
DC – O senhor trabalhou para que o PT caminhasse na direção de uma candidatura própria. Agora trabalha para firmar seu nome como primeira opção?
Vignatti – Meu nome está à disposição. Claro que se fortaleceu com a eleição interna do PT (que o elegeu presidente do partido). É um pouco natural. Mas isso é uma definição que o partido vai tomar. Os quatro nomes colocados são o meu, o da ministra Ideli (Salvatti), o (José) Fritch e o Décio Lima. Esse é um processo de maturidade interna,  não podemos atropelá-lo.
DC – O PT participou com candidato próprio nas últimas quatro eleições, mas não passou do terceiro lugar. O partido tem mais chances agora?
Vignatti – Uma eleição é totalmente diferente da outra. Era muito difícil imaginar que a gente poderia ganhar concorrendo contra a reeleição do Luiz Henrique. E acho que na vez passada nós erramos na estratégia. Se tivéssemos montado uma aliança com o PP, já que o PMDB tinha definido apoiar Colombo, teríamos ganhado o governo do Estado de Santa Catarina. Poderíamos até ter ganhado no primeiro turno.

Paulo Bauer: “Chegou a vez do PSDB ter um projeto próprio”
DC – Como está o trabalho de encaminhar o projeto do PSDB?
Paulo Bauer – Fizemos reuniões no final do ano passado em quase todas as 36 regiões do Estado. O sentimento que eu recolhi de todos os companheiros e de todas as lideranças é de disposição para que o PSDB tenha um projeto próprio e inovador para Santa Catarina. Depois de quatro mandatos como partido de apoio, acho que chegou a vez do PSDB apresentar seu projeto próprio. E isso combina com nosso projeto nacional.
DC – O projeto nacional apoia um candidato próprio no Estado?
Bauer – Totalmente. Nosso presidente Aécio Neves já disse isso e reiteirou quando esteve aqui, em dezembro, que o partido vai ter candidato em Santa Catarina. Nem poderia ser diferente porque dentre os candidatos (hoje postos), sabemos que nenhum dos demais tem posição favorável ao projeto do partido a nível nacional. Ou vai de Lula, aliás, vai de Dilma, ou Eduardo Campos. Mas de Aécio quem apoia é o PSDB.
DC – O senhor acha que a candidatura do PSDB tem chances?
Bauer – Fomos muito bem nas eleições até aqui. O partido cresceu em número de votos. E, por isso, acho que agora o partido se sente com coragem, energia e, principalmente, experiência para uma disputa majoritária.
DC – Mas o senhor trocaria a cabeça de chapa por um palanque mais forte, como vice de Colombo, por exemplo?
Bauer – Acho que não há mais espaço para esse fato. O PSDB está animado e já está trabalhando na construção da campanha.

Fonte: Site A Notícia 28/01/2014

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