domingo, 29 de junho de 2014

Eleição 2014: PSB oficializa a candidatura de Campos para o Palácio do Planalto

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado (28), durante convenção nacional, em Brasília, a candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República na eleição deste ano.
      A legenda também chancelou a indicação da ex-senadora Marina Silva (AC) para a vaga de vice na chapa.
O evento partidário ocorreu a dois dias da data-limite para a realização das convenções que irão confirmar os candidatos para a disputa eleitoral de outubro. No mesmo ato que lançou a candidatura de Campos, também foi confirmada a coligação "Unidos pelo Brasil", aliança entre PSB, PPS, PPL, PRP e PHS.
Em uma votação simbólica, os delegados da coligação de apoio à chapa formada por Campos e Marina ergueram as mãos para confirmar a aprovação da aliança.
Em discurso antes da oficialização das candidaturas do PSB, o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou que é preciso superar “o processo de degradação política” do Brasil. Segundo ele, a política nacional atualmente se baseia no “fisiologismo” e no gasto excessivo.
“Nós estamos assistindo a uma verdadeira salada de partidos se juntando, e o governo com fisiologismo, clientelismo, seus 39 ministérios se ajustando para ter tempo de televisão e não para um projeto para o Brasil”, criticou o dirigente da sigla oposicionista.
Freire disse ainda que o PPS está se unindo ao PSB por acreditar que Eduardo Campos “representa uma agenda de desenvolvimento” para o país. Para ele, o governo da presidente Dilma Rousseff promoveu ações “populistas”, que visavam resultados imediatos. “[Foram feitas] erradas escolhas para um populismo fácil, desconsiderando as futuras gerações, cuidando apenas dos seus quatro ou oito anos de governo”, criticou.

Rede Sustentabilidade:

Apesar de ainda não terem obtido registro junto à Justiça Eleitoral, os integrantes da Rede Sustentabilidade, legenda criada por Marina Silva, participaram da convenção como observadores. Por meio de um acordo com a cúpula do PSB, os aliados da ex-ministra do Meio Ambiente receberam guarida no partido até a Rede regularizar sua situação jurídica.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou no ano passado o registro à Rede porque a legenda não comprovou apoio mínimo. A aliança com o PSB, anunciada poucos dias depois de a Corte eleitoral barrar o partido de Marina, assegurou que a ex-senadora e outros integrantes da Rede obtivessem condições de se candidatar nas eleições de 2014.
Nos últimos meses, durante o processo de construção dos palanques regionais, PSB e Rede manifestaram divergência em relação a alianças estaduais, sobretudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais. Recentemente Marina criticou a decisão do PSB de apoiar a candidatura à reeleição da governador  de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Em nota, ela afirmou considerar “equívoco” a união do PSB com Alckmin.
Na última quinta-feira (26), a executiva da Rede Sustentabilidade divulgou nota oficial para negar problemas com o PSB. No comunicado, a legenda de Marina citou “noticiário recente que trata de supostas dificuldades no relacionamento” entre as duas siglas. Segundo a Rede, há união com o partido de Eduardo Campos em relação à disputa pela Presidência.
De acordo com Pedro Ivo Batista, um dos idealizadores da Rede e membro da coordenação da campanha presidencial de Eduardo Campos, as decisões da convenção deste sábado foram discutidas entre o grupo de Marina, PPS e PSB.
“Houve um debate político conjunto sobre programa, condições políticas, tudo em alto nível”, disse Batista.

Fonte: Site O Globo 28/06/2014

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