Colombo é o pré-candidato que tem
maior número de apoios declarados.
Faltando 30 dias para a homologação
das candidaturas na Justiça Eleitoral, as atenções se voltam para as legendas
de médio e pequeno porte, cobiçadas devido ao tempo de rádio e televisão que
tem a oferecer para as coligações que vão lançar candidatos a governador e
senador.
Pré-candidato a
reeleição, Raimundo Colombo (PSD) tem até agora o apoio declarado de
sete legendas, número que deve aumentar ao longo de junho, quando ocorrem as
convenções. Na eleição de 2010, a coligação reuniu nove siglas.
O senador Paulo Bauer,
pré-candidato do PSDB, articula a aliança com DEM, Solidariedade (SDD) e PEN.
Apesar de ter conversado com a Executiva Nacional do PHS em fevereiro, ele nega
a aproximação com o PHS de Carlos Kaminski, que chegou a ser punido pelo
Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) por fazer críticas diretas ao atual
governo.
— A gente tem falado com outros
partidos pequenos, mas não estamos olhando para a quantidade. Para estar ao
lado do PSDB, o aliado tem que ter como prioridade o apoio a candidatura de
Aécio Neves — diz o senador tucano.
PSB e PPS devem estar unidos em SC na
eleição proporcional. O PPS quer apoiar a reeleição de Colombo. O PSB mudou o
discurso. Ainda espera estar ao lado do governador e até mesmo apoiá-lo, mas
não descarta lançar candidatura própria se tiver de garantir um palanque para
Eduardo Campos no Estado.
— Estamos no governo e queremos estar
com o governador, desde que isso signifique garantir um palanque forte para
Eduardo Campos — fala o secretário-geral do PSB-SC, Gelson Albuquerque.
As negociações dos últimos dias dão
conta de que o PT de Claudio Vignatti (PT) está sendo isolado: pode
perder o apoio do PCdoB de Angela Albino e do PDT de Manoel Dias.
— Se a gente fosse governo e
tivesse condições de atrair os aliados distribuindo cargos, não tenho dúvida de
que hoje a gente teria aliados sobrando — ironiza o pré-candidato
Vignatti, que comanda o PT de SC e divide a responsabilidade de costurar
alianças com o vice-presidente Milton Mendes.
Na última terça-feira, Vignatti
esteve em Brasília, onde conversou com o senador Luiz Henrique da Silveira
(PMDB). Os dois voltaram a falar sobre a possibilidade de aliança. O senador
sonha com um palanque com PSD, PMDB e PT e o afastamento do PP. O ex-deputado
disse entender as dificuldades do senador em apoiar um pepista, mas lembrou que
nunca foi procurado pelo governador.
O PSD tem assediado o PCdoB e o PDT,
dois tradicionais parceiros do PT. Presidente do PCdoB de SC, a deputada
estadual Angela Albino confirma a aproximação com partido de Colombo,
apesar de não descartar o PT. As relações entre comunistas e petistas estão
abaladas devido as restrições na composição proporcional. O PT garante o apoio
ao PCdoB na disputa a uma vaga para a Câmara Federal, mas não oferece a mesma
parceria na eleição para a Assembleia Legislativa. Há ainda outra questão entre
os comunistas, que entendem que o candidato de Dilma Rousseff (PT) em Santa
Catarina é Colombo.
— Ainda não há um consenso: há
divergências internas dos dois lados, tanto com o PT quanto com o PSD, mas hoje
não há como negar um certo esvaziamento político da candidatura de Claudio
Vignatti _ observa Angela.
O PDT também segue a corrente
pró-Colombo. O assunto foi discutido em duas reuniões com lideranças do PDT,
PTB, PCdoB, PTC, PV, PSDC, Solidariedade, PPL, PRB e PRTB. O objetivo dessas
legendas é unir forças para enfrentar a eleição proporcional. PDT e PCdoB têm
um acordo paralelo que estão dispostos a unir forças na briga pelas cadeiras na
Assembleia e na Câmara: entendem que juntos tem mais chances. As conversas
entre PDT e PT não vingaram. Pelo menos não até agora. Os petistas ofereceram a
vice para os pedetistas, que não gostaram da ideia porque tem como prioridade
eleger deputados.
— Para o PDT, a prioridade é a
proporcional, não a majoritária. A tendência hoje é realmente apoiar a
reeleição do governador _ fala Luis Viegas, presidente interino do partido no
Estado.
Fonte: Site A Notícia 05/06/2014
Nenhum comentário :
Postar um comentário