terça-feira, 15 de julho de 2014

Eleição 2014 SC: Alternativas de esquerda, saúde, educação e segurança nos planos de governo dos partidos de menor porte

Ao encaminhar seus pedidos de registro à Justiça Eleitoral, os candidatos precisam entregar também os planos de governo para Santa Catarina.
     Confira as principais ideias e promessas dos cinco postulantes das siglas de menor porte no Estado:

::: Afrânio Boppré (PSOL)

O plano tem oito páginas e inicia falando que as manifestações de junho do ano passado mostraram que a sociedade brasileira quer mudanças. O programa do PSOL se apresenta como uma alternativa de esquerda ao eleitor catarinense e é divido em três eixos: 1) Política Econômica e Modelo de Desenvolvimento; 2) Sistema Político e Democracia; 3) Mais e Melhores Direitos. 
Uma das primeiras propostas apresentadas é a criação da Secretaria das Cidades e o fim das secretarias de desenvolvimento regional. O plano fala também em "ampliar radicalmente" os investimentos em saúde e educação e reassumir a administração de hospitais que hoje estão sob gestão de organizações sociais (OSs). 
Na educação, uma das promessas é adotar eleição direta para diretores das escolas públicas. O PSOL fala ainda em apoiar as prefeituras para a implantação de tarifa zero no transporte público e criar um sistema estadual de ferrovias. 

::: Elpídio Neves (PRP)

O programa possui 23 páginas e é intitulado "44 razões para votar no PRP", em referência o número do partido. Os 44 itens elencados tratam de temas variados como saúde, educação, segurança, turismo, cultura, habitação e meio ambiente. 
Os assuntos que ganharam mais espaço na descrição do plano foram educação, segurança e estrutura da máquina administrativa do Estado. Para o ensino público, entre as propostas da sigla estão a implantação de escolas em tempo integral, o sistema de eleição direta para diretores das instituições e a realização de concurso público para professores. 
Na segurança, o PRP promete qualificar os policiais com mais tecnologia, expandir o número de câmeras de monitoramento e adotar o projeto "Lugar de Polícia é nas Ruas", incentivando o policiamento ostensivo. No item que fala da estrutura do Estado, a sigla promete uma reforma administrativa e a indicação de técnicos em vez de políticos para os cargos de confiança.

::: Gilmar Salgado (PSTU)

Entre os planos apresentados pelos oito candidatos ao governo de Santa Catarina o PSTU tem o mais curto, com uma página. Em 11 itens, o partido lista quais são suas prioridades. 
O programa defende o aumento de salário dos trabalhadores e a redução da carga horária semanal de trabalho para 36 horas. O PSTU se posiciona contrário às privatizações e favorável à estatização de grandes empresas (sem citar nenhuma no texto). 
O plano fala ainda em não pagar a dívida pública para realocar recursos para investimentos em saúde e educação. Entre as propostas estão ainda a implantação de passe livre no transporte público e desmilitarização da polícia. O plano defende também a revogação de mandatos, prisão e confisco de bens de "corruptos e corruptores".

::: Janaina Deitos (PPL)

O plano possui seis páginas e está dividido também em seis tópicos. Na introdução, inicia criticando o fato da União concentrar a maior parte dos recursos públicos enquanto Estado e municípios têm mais responsabilidades na entrega de serviços e, por essa razão, defende um "novo federalismo". 
O programa fala em uma "economia para o desenvolvimento", prometendo valorizar mais as pequenas e médias empresas. Para o meio rural, o PPL fala que é necessário incorporar novas tecnologias na agropecuária para aumentar a produtividade sem aumentar a área de cultivo e criação. 
O partido enfatiza também que pretende investir em infraestrutura e logística e defende uma restruturação do turismo no Estado. Para a educação, as promessas são de formação continuada dos professores e adoção de plano de carreira. A sigla fala ainda em "enfrentar o desafio da mobilidade urbana". 

::: Marlene Soccas (PCB)

O plano pecebista possui 19 páginas e utiliza a maior parte para fazer críticas ao sistema capitalista e ao governo federal, administrado pelo PT. O partido cita as manifestações de junho do ano passado, afirmando que a população está insatisfeita, e se coloca como uma alternativa de governo socialista. 
O programa está divido em cinco eixos. Entre as principais propostas, o PCB promete realizar reforma agrária e transformar o solo e subsolo em “meios sociais de produção” por meio de expropriações. O plano fala também em estatização do sistema Acafe (que reúne diversas universidades de Santa Catarina) e em “reversão de privatizações”. 
Por último, o texto elenca “21 pontos para uma alternativa socialista para o Brasil”, em referência ano número de partido.

Fonte: Site A Notícia 14/07/2014

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