sábado, 13 de setembro de 2014

Eleição 2014 SC: Entrevista Raimundo Colombo PSD

Aos 59 anos, Raimundo Colombo já passou por quase todos os cargos políticos possíveis.
   Foi prefeito, deputado estadual e federal, senador e governador. Alguns mandatos, inclusive, interrompeu para assumir outra função para a qual havia sido eleito. É com esta bagagem que o candidato do PSD (Partido Social Democrático) busca a reeleição ao governo do Estado.
Entre os dias 18 e 27 de agosto, o G1 publica os perfis dos candidatos ao Governo de Santa Catarina. A ordem de publicação foi definida por sorteio na RBS TV, com participação de representantes dos partidos. Além disso, todos os candidatos responderam as mesmas perguntas.
Ele nasceu em Lages, na Serra catarinense, cidade onde também nasceram e cresceram seus filhos, Joana e Edson, e onde ainda mantém residência. É separado e a família ainda inclui os netos, Laís e Luiza.
“Minha prioridade é tratar cada eleitor como indivíduo, com seus dramas, problemas e necessidades. Sempre fiz questão de percorrer as unidades de saúde e as escolas do município para ouvir os moradores e identificar problemas que não estão escritos em relatórios, mas fazem parte do dia-a-dia da população. Ao voltar para o gabinete, fiquei comprometido com uma nova escala de valores que, antes de mais nada, procura a face humana de tudo”, afirmou.
Segundo Colombo, foi nos movimentos da Igreja Católica que assumiu os primeiros cargos de liderança, organizando encontros de jovens na Diocese da cidade.
Apaixonado por futebol, na juventude, somava a atuação na Igreja à atividade como goleiro de futsal. Por 10 anos, defendeu o Grêmio Esportivo Hélio Moritz e considera as duas atividades – a política e o esporte – como complementares: “No time, adquiri valores como disciplina a trabalho em equipe. O esporte me ajudou no condicionamento psicológico para enfrentar disputas difíceis. Na política, quando precisei, fui buscar reservas de bom senso em todas as experiências da minha vida, inclusive as esportivas”, disse ele.
O primeiro cargo político que assumiu foi o de deputado estadual, em 1986. Dois anos depois, foi eleito prefeito de Lages pela primeira vez. Depois, em 1998, foi eleito deputado federal, mas antes de finalizar o mandado candidatou-se novamente à Prefeitura de Lages, em 2000, e reelegeu-se para o mandato seguinte, entre 2004 e 2008
 “Como prefeito, fiquei conhecido pela criação do programa ‘Juro 0’, que estabeleceu o empréstimo aos micros e pequenos empresários sem juros, além da melhora nos serviços de saneamento básico e a municipalização na distribuição da água”, disse ele.
Porém, antes de concluir o segundo mandato, concorreu ao cargo de senador, em 2006. “Fui eleito com 1,7 milhão de votos e apoio de 90% dos lageanos”, comentou ele, que em 2010 se licenciou do Senado para concorrer ao governo do estado.
“Venci no primeiro turno, com uma votação histórica, de 1.815.304 de eleitores”, comentou ele, que entre os principais projetos destaca o Pacto por Santa Catarina, instituído em 2012.
“O Pacto reúne 596 obras, entre concluídas, em andamento e a iniciar, orçados em R$ 10,7 bilhões, dos quais R$ 2,3 bilhões já foram aplicados, com destaque para o Fundo de Apoio ao Municípios (Fundam). As grandes obras estão contempladas, mas para fazer as pequenas obras, os municípios perderam a capacidade investimento. Todos os 295 municípios do Estado serão atendidos”, afirma Colombo.

Qual considera o maior problema do estado?
O maior problema de Santa Catarina - e de todos os estados da Federação - é a partilha das receitas tributárias. Os recursos hoje estão concentrados no Governo Federal. É fundamental aproximar os agentes que oferecem o serviço e os recursos necessários em relação ao cidadão. Ou seja, um posto de saúde tem que ser administrado e mantido pela prefeitura. É ali que se dá o contato entre quem oferece o serviço e quem precisa dele. As maiores demandas das comunidades giram em torno de temas como saúde, educação, segurança pública e mobilidade urbana. São ações que podem ser executadas pelos municípios e complementadas pelo Estado. Por isso precisa-se de uma reforma tributária urgente.
Qual considera a maior potencialidade do estado?
Santa Catarina tem regiões e polos econômicos com a força produtiva bem definida por isso fica difícil apontar uma potencialidade. Veja que ocupamos pouco mais de 1% do território brasileiro e temos posição de destaque em rankings que medem a força da indústria, do agronegócio e do turismo no país. Mesmo com o Estado sendo o 11º do país em população, com mais de 6 milhões de habitantes a indústria catarinense é a quarta do país em quantidade de empresas e a quinta em número de trabalhadores – são 45 mil empresas e 763 mil trabalhadores, segundo dados da Federação das Indústrias (Fiesc).Diferentes polos ganham força espalhados pelo estado, como cerâmico no Sul, agroindústria no Oeste, máquinas e equipamentos no Norte, madeireiro na região Serrana e tecnológico em Florianópolis. Santa Catarina, com destaque para a região do Vale do Itajaí e o Norte do Estado, é também o segundo polo têxtil e do vestuário do Brasil. E a nossa indústria pesqueira tem a maior produção de pescado do Brasil.
Como pretende melhorar o estado nos próximos quatro anos?
Santa Catarina está vivendo um bom momento com a execução das obras do Pacto por Santa Catarina. O estado vai dar um salto de qualidade nas áreas de infraestrutura, proteção social, saúde, educação, justiça e cidadania e segurança pública com a conclusão deste grande programa de investimentos. Estamos arrumando a casa, investindo nos pequenos produtores e empresários, fortalecendo as prefeituras com os repasses do Fundam, construindo e ampliando hospitais regionais e descentralizando o atendimento médico de alta e médica complexidade. A comunidade já está mais próxima da escola com a adoção de instrumentos pedagógicos e de gestão; o novo conceito de segurança publica que agrega, policiais, inteligência, mobilidade e videomonitoramento já traz resultados práticos.

Fonte: Site Globo.com 27/08/2014

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