domingo, 29 de julho de 2012

Eleição 2012: Metade dos prefeitos de Santa Catarina vai tentar a reeleição

Quase metade dos prefeitos catarinenses vai buscar mais um mandato de quatro anos nas eleições de outubro.
Dos candidatos que tiveram os pedidos de registro divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, pelo menos 145 são prefeitos que decidiram concorrer a um segundo mandato consecutivo. O levantamento é do DC.
O número é inferior aos 160 da eleição passada – quando 90 foram reeleitos. As informações não levam em conta vices que assumiram definitivamente por afastamento do titular eleito. É o caso, por exemplo, de José Cláudio Caramori (PSD), que assumiu a prefeitura de Chapecó com a renúncia de João Rodrigues (PSD) para concorrer a deputado federal em 2010. Também é a situação de Felippe Collaço (PSD), que assumiu em Tubarão no final de junho, com a morte de Manoel Bertoncini (PSDB).
O quadro pode mudar um pouco em caso de desistências ou impugnação de candidaturas pela Justiça Eleitoral. O grande percentual de candidaturas à reeleição é uma tendência verificada desde que a legislação permitiu a busca pelo segundo mandato (ver quadro). Desde então, apenas em 2004 os prefeitos na disputa ficou abaixo dos 50%. Naquele ano, foram 127 candidaturas, 80 delas bem-sucedidas.
Na eleição passada, aconteceu o recorde de lançamento de prefeitos/candidatos: 160, com 70 eleitos – 43,7% de sucesso. Os resultados foram melhores para os prefeitos nos cargos em 2000 e 2004, quando ultrapassaram os 60% de vitórias. A queda em 2008 não assustou os donos dos cargos, até porque nas 20 maiores cidades quem estava com a caneta venceu em 10 disputas (incluindo a capital) e perdeu só em três.
Este ano, são nove os prefeitos candidatos nos maiores colégios eleitorais – incluindo o maior, Joinville. Momento do Brasil ajuda, mas sobrecarga atrapalha A explicação para o sucesso da reeleição é múltipla. Além da vantagem de ter realizações para mostrar, os prefeitos têm um outro ponto valioso a seu favor: o bom momento vivido pelo Brasil, apesar da crise externa.
Ao mesmo tempo, enfrentam o desgaste provocado por problemas crônicos das cidades e de difícil solução. O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, projeta uma campanha complicada para os atuais administradores neste pleito. Ziukolski acredita que eles terão mais dificuldades para obter mais um mandato porque as prefeituras estão sobrecarregadas e não dão conta do recado.
Vale lembrar que em Nova Trento, nenhum Prefeito foi reeleito desde que a Lei da reeleição foi criada em 1997. Em 2000, Saul Rover não concorreu, sendo vencedor Godofredo Tonini, que em 2004 disputou mais um mandato, mas foi vencido por Sandra Eccel. Ela tentou a reeleição em 2008, mas o vencedor foi Orivan Orsi, que desistiu de concorrer a mais um mandato neste ano de 2012.
Nova Trento é o único município do Vale do Rio Tijucas que ainda não teve um Prefeito reeleito, neste período democrático. Nossa cidade quando se tornou emancipada em 1892, naquela época havia a lei da reeleição infinita, o Prefeito poderia ser eleito várias vezes seguidas.
Desta forma tivemos Giácomo Polli com três mandatos consecutivos, Emílio Gottardi com dois e Nicolau Bado eleito quatro vezes seguidos. Essa lei foi extinta com a Revolução de 1930 e com a nova Constituição de 1934.

Fontes: Site Jornal A Notícia 17/07/2012 e pesquisa de campo.

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