sexta-feira, 5 de abril de 2013

Destaque Político Brasil: Aécio acusa governo Dilma de ser movido pela "lógica da reeleição"

Ao discursar em encontro de prefeitos de São Paulo, tucano disse que governo não está preocupado com as questões centrais do País.

O senador Aécio Neves (MG), provável candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, atacou nesta quinta-feira as criações do 39º ministério do governo Dilma Rousseff (da Micro e Pequena Empresa), da quinta estatal (a Hidrobrás) e o retorno do PR ao Ministério dos Transportes. Para Aécio, as medidas mostram que a teoria da "faxina" da presidente Dilma indica "que era um discurso sem consistência".
— O que move o governo em todas as áreas é a lógica da reeleição — acusou o presidenciável.
Após discursar para prefeitos no 57º Congresso Estadual de Municípios, em Santos (SP), Aécio disse que o governo federal não está preocupado com as questões centrais do País, como "a paralisia da economia, os gargalos da infraestrutura", entre outros.
— Isso só comprova o que tenho dito permanentemente: quem governa o Brasil não é mais a presidente, é a lógica da reeleição. Os espaços públicos não têm servido para melhorar a qualidade dos serviços públicos, mas para garantir alguns minutos a mais na propaganda eleitoral da presidente — concluiu o tucano.
Aécio também criticou a veiculação de propaganda da Petrobras, que, segundo ele, vive uma situação "gravíssima". — Considero acintosa a propaganda que a Petrobras coloca no ar agora, no momento de extrema dificuldade por que passa a economia — afirmou.
Em sua avaliação, além de falhar na Petrobras, o governo também deixa a desejar nas áreas de logística e infraestrutura:
— O que depende do setor privado vai bem. O que passa a depender do setor público vai mal.
Para Aécio, cabe à oposição mostrar ao País a diferença entre a situação "virtual", mostrada pelo governo, e a situação "real". O tucano disse que seu discurso será focado nas omissões, nas falhas e no caráter eleitoral das iniciativas do governo.
— O governo hoje é nosso maior aliado para mostrar suas falhas — considerou o senador, que classificou a gestão da presidente Dilma de "improvisada" e de um governo "da insegurança jurídica".
Entre as críticas ao governo, Aécio acusou o Palácio do Planalto de submeter o Congresso Nacional a uma "posição vexatória", ao impor medidas provisórias, e não projetos de lei para discussão.
— A base aceita essa posição subalterna — comentou.
A participação de Aécio no congresso estava prevista inicialmente para acontecer nesta sexta-feira, no mesmo dia em que está prevista a participação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). No entanto, a agenda foi alterada porque o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), decidiu comparecer nesta quinta ao evento e sugeriu a Aécio que viesse junto com ele. O senador negou que a troca de data tenha acontecido para evitar um encontro com Eduardo Campos.
— Bom é vir com Geraldo, não acha? Eu encontro com o Eduardo todos os dias, mais do que você imagina — brincou.

Fonte: Jornal A Notícia 04/04/2013

Nenhum comentário :

Postar um comentário