quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Atualidade: Insatisfação da base aliada de Dilma e projetos que dividem parlamentares marcarão retomada no Congresso

Após recesso de duas semanas, o Congresso retoma as atividades nesta quinta-feira com uma pauta de votação recheada de polêmica e que deve ampliar o racha na base de governo. 
   A primeira delas deverá ser a proposta que destina recursos dos royalties do petróleo para saúde e educação, que tramita em regime de urgência e já tranca a pauta da Câmara. O Planalto conseguiu minimizar a derrota sofrida na Casa, modificando o texto no Senado e reduzindo a previsão de gastos, mas os parlamentares prometem não deixar por menos. 
Protestos, eleições em 2014 e queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff formam o combustível que deve inflamar o debate político. Os aliados reclamam de desarticulação do Planalto e de atropelo do Legislativo pelo Executivo. 
Há ainda um movimento na tentativa de derrubar vetos presidenciais a projetos aprovados por deputados e senadores, o que muitos consideram uma espécie de "afronta". Um exemplo é o veto parcial à proposta que estabelece novas regras para a divisão dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). 
— Dilma tem total falta de sensibilidade política, e isso é terrível. Quando ela estava em alta, todos a aturavam porque a opinião pública achava que ela era competente e que estava limpando os erros do Lula — diz o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). 
Para o coordenador da bancada gaúcha, deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), o Planalto precisa ter "mais humildade e menos arrogância" e dialogar com o Congresso. 
— Nesse momento, precisamos ter uma grande conversa da Casa Civil com as lideranças da base, sob pena de o governo acumular muitas derrotas — avalia. 
Entre as projetos que visam dar uma resposta às reivindicações das ruas, estão o passe livre para estudantes do país, que tramita no Senado, e o fim do voto secreto no Congresso e a minirreforma eleitoral, na Câmara. 
Os deputados também deverão analisar a proposta que torna corrupção crime hediondo, além da cassação do mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha.

Fonte: Site Jornal A Notícia 31/07/2013

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