quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ciência Política: Partido Democrático Trabalhista 12

Ideologia: Esquerda, Humanismo, Nacionalismo, Trabalhismo, Socialismo democrático.


Partido Democrático Trabalhista (PDT) é um partido político brasileiro de centro-esquerda e de ideologia trabalhista, fundado por políticos e intelectuais brasileiros no final da década de 1970, logo após o início do processo de abertura política da ditadura militar. Seu número eleitoral é o 12. O PDT é o único partido brasileiro a integrar a Internacional Socialista.
É o partido de origem da atual presidente Dilma Rousseff, que o trocou pelo Partido dos Trabalhadores no ano 2000, pelo convite do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e amigo do fundador do partido Leonel de Moura Brizola. É, com efeito, uma das legendas de situação do atual governo, estando à frente do Ministério do Trabalho e Emprego.
O PDT é um dos mais tradicionais partidos criados após a abertura política no final do regime militar.
Década de 1980: Dando sequência ao processo de abertura política no país, o regime militar restabelece o pluripartidarismo e convoca as primeiras eleições gerais diretas (com exceção dos cargos de Presidente da República, prefeitos de capitais e prefeitos de cidades designadas como áreas de segurança nacional) em 1982. Com apenas um ano de existência, o PDT sai das eleições como o terceiro maior partido brasileiro, ficando atrás somente dos partidos tradicionais, PDS (substituto da ARENA) e PMDB (substituto do MDB), se apresentando como a primeira força de esquerda do país, posição que manterá até meados da década de 1990.
Nas eleições majoritárias (governos estaduais e renovação de 1/3 do Senado Federal) o PDT foi o único dos novos partidos a conseguir vitórias.
O PDS ganhou 12 estados, concentrando-se mais no Nordeste brasileiro, o PMDB ganhou 9 estados, e o PDT ganhou no Rio de Janeiro com Leonel Brizola para o governo estadual e Saturnino Braga para o Senado Federal.
Nas eleições proporcionais, o PDT elege 24 deputados federais, ficando atrás somente de PDS (235 deputados) e PMDB (200 deputados), e na frente do PTB (13 deputados) e do PT (8 deputados).
No plano nacional, o partido se posiciona como oposição ao governo do General João Figueiredo.
Pouco tempo depois, Leonel Brizola e o PDT, junto com os outros partidos e lideranças partidárias consideradas progressistas, lideram a Campanha das Diretas Já! em favor da realização de eleições diretas para o cargo de Presidente da República. Apesar da grande manifestação popular em favor da aprovação da Emenda Dante de Oliveira pelo Congresso Nacional em 1984, ela não foi aprovada por uma diferença mínima de apenas 22 votos, sendo as próximas eleições presidenciais realizadas indiretamente através de um Colégio Eleitoral.
Durante a eleição indireta, o PDT apoia a eleição do candidato do PMDB, Tancredo Neves, que consegue a vitória graças à dissidência da candidatura governista, a chamada Frente Liberal, que insatisfeita com a escolha do candidato do PDS, Paulo Maluf, apoiou a candidatura de Tancredo Neves.
Com a morte de Tancredo Neves, assume em seu lugar o vice-presidente de sua chapa, José Sarney, dissidente do PDS/ARENA e integrante da Frente Liberal.
Tendo em vista esse acontecimento, o PDT se posiciona como oposição ao governo José Sarney.
Em 1985, nas primeiras eleições diretas para municípios capitais de estado, o PDT ganha o controle da cidade do Rio de Janeiro com a eleição de Saturnino Braga, e de Porto Alegre com Alceu Collares.
Em 1986, ano eleitoral, o presidente José Sarney lança o Plano Cruzado, criticado abertamente por Brizola. Após sucesso inicial do plano com o estancamento da crise econômico-financeira pela qual o país passava, o partido do presidente, o PMDB elege 22 dos 23 governos estaduais.
Apesar da boa avaliação do PDT, o partido não consegue eleger o vice-governador fluminense Darcy Ribeiro como sucessor de Brizola, graças ao Plano Cruzado, que beneficiou seu rival do PMDB, Moreira Franco, que Brizola o apelidara como "gato angorá". Moreira Franco, ex-pedessista, era apoiado por partidos de centro-direita: PFL, PTB, PL e outros. Pouco tempo depois das eleições, o plano se mostra um fracasso, confirmando as declarações de Brizola, e a crise volta.
Confirmando sua ascensão, nas eleições municipais de 1988, O PDT elege prefeito de quatro capitais: Marcello Alencar no Rio de Janeiro, Jackson Lago em São Luís, Jaime Lerner em Curitiba, e Wilma de Faria em Natal.
Em 1989, com a primeira eleição direta para o cargo de Presidente da República, o PDT lança como seu candidato Leonel Brizola. Depois de uma campanha acirrada, Brizola chega em terceiro lugar perdendo uma vaga no segundo turno por uma diferença de apenas 0,5% dos votos para o segundo colocado, o candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva.
No segundo turno o PDT apoia a candidatura de Lula, que perde a eleição para o candidato conservador do pequeno PRN, Fernando Collor de Melo, apoiado pelas forças conservadoras e com grande apoio da mídia (lembre-se a edição manipulada do último debate presidencial a favor de Collor pela Rede Globo).
Atuação durante a Assembleia Nacional Constituinte: Nas eleições de 1986, o PDT elege 24 deputados federais, que viriam a ser constituintes durante esta legislatura. A atuação do PDT durante a Constituinte foi marcada pela defesa dos temas nacionalistas.
O partido apoiou o presidencialismo, a jornada semanal de 40 horas, o monopólio estatal do petróleo e se posicionou contra os cinco anos de mandato para o Presidente José Sarney.
Década de 1990: As eleições de 1990 marcam o apogeu do PDT com a eleição de 3 governadores de estado, Leonel Brizola no RJ, Alceu Collares no RS, e Albuíno Azeredo no ES. Além disso, elegeu 46 deputados federais, a melhor performance eleitoral de toda a sua história.
No plano nacional o partido se posicionou como oposição ao governo Collor.
Apesar de as eleições de 1990 terem sido o auge do partido no campo eleitoral, sua situação ao longo da década será de declínio, acentuado após as eleições de 1994, passando a dividir com o PT a liderança da esquerda no plano nacional, vindo até mesmo ser ultrapassado por este no fim da década.
Isso se deu em grande parte em razão do criticado desempenho de seus governadores e da demora de tomada de posição a favor das investigações contra o Presidente Collor. É nesse período que figuras importantes do partido começam a criar dissidência e sair do partido como por exemplo, César Maia, Marcello Alencar, Saturnino Braga e Jamil Haddad no Rio de Janeiro.
Com as primeiras denúncias de corrupção contra o ex-presidente Fernando Collor, o PDT não apoiam de imediato as pressões para a instalação de uma CPI, só vindo a mudar de posição pouco tempo depois com o agravamento das denúncias. A partir daí, o PDT entra fortemente na luta pelo impeachment do presidente Collor.
Afastado da presidência pelo Congresso Nacional, Itamar Franco assume o poder. Durante seu governo, é realizado um plebiscito para a escolha do sistema de governo no país, e o PDT é o único partido que se posiciona desde o início a favor do presidencialismo. Com o não avanço das idéias parlamentaristas, vários partidos começam a mudar de posição e a defender também o presidencialismo, que sai vitorioso.
Na mesma época, o PDT se empenhou firmemente no combate à Revisão Constitucional, que fracassou.
Nas eleições gerais de 1994, o PDT apresenta mais uma vez Leonel Brizola como candidato a presidente, conseguindo porém, apenas a 5ª colocação.
Para os governos estaduais, o PDT consegue eleger somente 2 governadores, Jaime Lerner no estado do Paraná, que pouco tempo depois se muda para o PFL, e Dante de Oliveira, no Mato Grosso, que mais tarde, engrossaria as fileiras do PSDB, perdendo o PDT o controle de qualquer governo estadual, sofrendo um processo de esvaziamento. O partido elege 34 deputados federais e 4 senadores.
Com a vitória do candidato do PSDB, Fernando Henrique Cardoso para o cargo de Presidente da República, e a sua consequente reeleição em 1998, o quadro político brasileiro inicia um período político relativamente estável e sem alteração até o início dos anos 2000. O PDT, considerando o governo de FHC neoliberal e destruidor da chamada Era Vargas, e junto com o PT se posiciona firmemente como oposição a seu governo, chegando até mesmo a fazer campanha pela sua renúncia. É a partir deste período que o PDT perde a liderança na esquerda para o PT.
Nas eleições municipais de 1996, o PDT consegue 9% dos votos nacionais, permanecendo como o quinto maior partido nacional, e nas eleições de 1998, o PDT resolve formar uma coligação com PT, tendo Leonel Brizola como vice na chapa de Lula.
Apesar da união dos sois principais partidos de esquerda, a chapa consegue apenas um segundo lugar, conseguindo o Presidente FHC se reeleger. Já para a Câmara Federal, o PDT elege uma bancada de 25 deputados.
Em relação aos governos estaduais, o PDT volta a eleger um governador, Anthony Garotinho no Rio de Janeiro, porém antes de terminar seu mandato, mais uma vez o PDT vê seus quadros serem diminuídos com a expulsão de Antony Garotinho e o consequente desligamento de seus correligionários.
Década de 2000: Com seu último grande esvaziamento, o PDT soma apenas 6,6% dos votos nacionais nas eleições municipais de 2000, ficando apenas como o sétimo maior partido nacional, caindo para a classificação de partido de porte médio.
Em 2001, após serem expulsos do PSDB, os irmãos Senadores Alvaro Dias e Osmar Dias, do Paraná, ingressam no PDT por convite de Leonel Brizola.
Nas eleições de 2002, o PDT resolve não lançar candidato a presidente, porém, forma a Frente Trabalhista com o PPS e o PTB apoiando a candidatura de Ciro Gomes que não obtém sucesso, conseguindo somente a quarta colocação. No segundo turno, o PDT resolve apoiar o candidato do PT, Lula, que vence a eleição contra o candidato da situação, José Serra do PSDB.
Em relação às eleições estaduais, o partido volta a eleger um governador com Waldez Goes pelo estado do Amapá e uma bancada de apenas 19 deputados federais.
Com a vitória de Lula, o PDT é convidado para fazer parte do governo através de sua ação no Ministério das Comunicações, tendo como seu ministro, o então deputado federal Miro Teixeira. Por discordar desse apoio, o Senador Alvaro Dias deixa o partido.
Após um ano de governo, entretanto, a primeira experiência governista do PDT chega ao fim. Discordando da política adotada por Lula, o partido rompe como governo, devolve todos os cargos aos quais ocupava no governo federal, passando a ser oposição.
Em junho de 2004, vitima de um infarto, o fundador e líder do PDT Leonel Brizola morre, levando a crer no fim de sua legenda. Porém, o desempenho do partido nas eleições municipais do mesmo ano deram um novo fôlego ao partido. Mesmo com a morte de Brizola o partido continuou na oposição. Após a crise do Mensalão, vários políticos migraram para o partido, entre eles o senador e ex-ministro da Educação de Lula, Cristovam Buarque.
Nas eleições de 2006, o PDT resolve lançar candidato à Presidência da República com a candidatura de Cristovam Buarque, que obtém apenas a quarta colocação com 3% dos votos. No entanto, para os cargos legislativos, o partido melhora seu desempenho, elegendo uma bancada de 24 deputados federais e 5 senadores, obtendo quase 6% dos votos nacionais, voltando a ser o quinto maior partido brasileiro, atrás apenas de PMDB,  PT, PSDB e PFL.
No segundo turno, o PDT apóia novamente o candidato Lula, que vence a eleição contra o candidato oposicionista, Geraldo Alckmin do PSDB.
Com relação às eleições estaduais, o PDT elege 2 governadores, Waldez Góes no Amapá e Jackson Lago no Maranhão, pondo fim a 40 anos de predomínio da família Sarney no estado. Mesmo não sendo eleito, o Senador Osmar Dias atinge 49,90% dos votos no segundo turno das eleições para Governador do Paraná.
Devido ao apoio recebido pelo PDT no segundo turno das eleições, o PDT é novamente chamado a fazer parte do governo. Ao partido cabe colaborar com sua ação através do Ministério do Trabalho sendo seu titular, o então presidente do partido, Carlos Lupi, realidade que se mantém até a atualidade.
Nas eleições municipais de 2008, o PDT, elege somente o prefeito de uma capital, Roberto Góes em Macapá.
No cômputo geral, o PDT ficou com a sexta posição entre os partidos brasileiros em número de votos com 5,96 milhões de votos, atrás de PMDB (18,42 mi), PT (16,48 mi), PSDB (14,45 mi), DEM (9,29 mi) e PP (6,09 mi).
Esse grande número foi traduzido em um crescimento de aproximadamente 15% no número de prefeitos eleitos pelo PDT, que passou de 297 no primeiro turno de 2004 para 344 prefeitos eleitos no primeiro turno de 2008, ficando, porém, apenas na oitava posição atrás de PMDB (1194), PSDB (780), PT (548), PP (547), DEM (494), PTB (412) e PR (382) respectivamente.
Situação atual
Dados do TSE colocam o PDT na lista dos partidos grandes (mais de um milhão de filiados), como o quinto maior partido do país. Dentre as novas lideranças do partido, destacam-se José Antônio Machado Reguffe, do Distrito Federal; Pedro Taques, do Mato Grosso; Edio Hensel, José Fortunati e Vieira da Cunha, do Rio Grande do Sul; Brizola Neto, do Rio de Janeiro; Paulinho da Força e João Roberto Dado, de São Paulo; Gustavo Fruet, do Paraná; Manato, do Espírito Santo, André Figueiredo, do Ceará e Flávia Morais, de Goiás.
Os recentes anos do PDT caracterizam-se pela busca de um novo posicionamento político e ideológico após o falecimento de Leonel Brizola, seu principal líder e fundador. Há uma divisão entre os que continuam a defender os princípios trabalhistas e socialistas norteadores da elaboração da Carta de Lisboa (dotados de um posicionamento mais à esquerda que o próprio PT da presidente Dilma Rousseff) e os que reivindicam uma visão mais pragmática e conservadora da atividade política. Esses últimos em geral são políticos que já foram filiados a outros partidos.
Atualmente o PDT faz parte do governo Dilma, da mesma forma que apoiou Lula. Não conta com governadores em exercício dentro dos seus quadros. Seu último governador foi o do estado do Amapá, Waldez Góes.

Candidatos a Presidentes da República:
- Leonel Brizola 1989
- Leonel Brizola 1994
- Cristovam Buarque 2006

Fonte: site Wikipédia 18/04/2013

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