quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Destaque Político Brasil: Aliança política de Dilma é conservadora e 'deu o que tinha que dar', afirma Campos

Dois dias após trocar elogios com a presidente Dilma Rousseff (PT) durante um evento, o governador de Pernambuco e provável candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB),
afirmou nesta quinta-feira (19) que a aliança política que dá sustentação à presidente é "conservadora" e "já deu o que tinha que dar".
"Todos nós que olhamos para Brasília hoje e vemos aquela aliança que aí esta formada, olhamos nossa trajetória e temos no nosso coração e consciência uma conclusão rápida: aquela aliança já deu o que tinha que dar ao Brasil", afirmou Campos.
O governador participou em Salvador de ato de filiação ao PSB da ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon, que irá disputar uma vaga no Senado pela Bahia.
Além de Eliana, participaram a ex-senadora Marina Silva e a pré-candidata do PSB ao governo da Bahia, senadora Lídice da Mata.
CONSERVADORISMO:
Presidente nacional do PSB e ex-ministro da Ciência e Tecnologia no governo Lula, Campos disse ainda que as forças políticas "historicamente presentes nas lutas democráticas" perderam espaço no governo Dilma para dar protagonismo ao chamado "presidencialismo de coalizão", sustentado por uma "aliança conservadora".
Presidencialismo de coalizão é a denominação dada ao arranjo institucional tipicamente brasileiro em que o presidente se elege por maioria absoluta, mas seu partido raramente obtém maioria no Congresso, tendo que organizar alianças políticas com parceiros com os quais mantém poucas afinidades ideológicas e programáticas.
Campos justificou a saída do PSB do governo petista argumentando que há na sociedade desde 2011 --primeiro ano da gestão Dilma-- o desejo por uma aliança mais programática e progressista, "levando para o centro, partidos que militam pelas transformações verdadeiras".
"O que ela [aliança de Dilma] pode oferecer ao Brasil agora é o que o país não precisa, que é recuar e jogar fora as poucas conquistas que tivemos", afirmou Campos, citando a possibilidade de retrocesso na economia, com prováveis reflexos nos índices de desemprego e de endividamento do trabalhador.

Fonte: Site Folha SP 19/12/2013

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