domingo, 1 de junho de 2014

Eleição 2014: Próxima cartada de senador LHS definirá rumos de alianças das eleições em SC

Último lance definirá os rumos das alianças, principalmente em relação ao PP.

Todos os olhos da política catarinense estão voltados para os gestos e, especialmente, para a próxima cartada do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). É a jogada do experiente e vitorioso peemedebista que deve definir os rumos, os nomes e as alianças da eleição catarinense. 
As cartas estão quase todas na mesa. O governador Raimundo Colombo (PSD) deixou claro que pretende ter em sua coligação as duas maiores e antagônicas forças políticas do Estado: o PMDB e o PP. A posição deve ser reafirmada na segunda-feira, quando o governador encontra as lideranças pepistas para agradecer o apoio atual e futuro.
Na semana que passou, o entendimento entre os rivais avançou em um almoço conjunto das bancadas na Assembleia Legislativa. O último obstáculo é o veto de Luiz Henrique.
De Taiwan, onde participa de uma missão oficial do Senado, o peemedebista acompanha os movimentos e se mantém em silêncio. Mesmo após o retorno ao país, na terça-feira, LHS vai se manter o maior tempo possível longe do Estado _ uma agenda apertada de votações em Brasília é a justificativa. A intenção é voltar com força a partir de 12 de junho, estreia do Brasil na Copa do Mundo, para fazer sua jogada.
— O LHS é um jogador de pôquer. Ele blefa sem piscar — compara um pessedista.
A expectativa é de que assuma oficialmente um discurso ensaiado nos bastidores, de que a aliança de Colombo tenha dois candidatos ao Senado: um peemedebista, outro pepista. O arranjo faria com que o governador pudesse manter a palavra e dar a vaga ao deputado estadual Joares Ponticelli (PP) e também garantir a posição de Luiz Henrique, que dando uma opção de voto aos peemedebistas anti-aliança. 
O argumento é um óbvio blefe, rejeitado pelos pepistas por ser considerado desvantajoso e pelo governador porque obrigaria o PP a não integrar oficialmente a coalização — desperdiçando o tempo do partido no horário eleitoral
A proposta é lida como parte da cartada de Luiz Henrique pelos demais jogadores. Quem acredita no veto do senador à presença do PP na coligação, entende que ele joga esperando que os pepistas rejeitem a proposta e que Colombo precise optar.
— Ele convenceu centenas de delegados do PMDB a votar na aliança com o Colombo dizendo que o PP não ia participar. O Luiz Henrique não tem dois discursos — diz um aliado.
Mas há quem entenda que a proposta de dois senadores traz embutida a aceitação da presença dos pepistas e que que isso pode evoluir para o palanque sonhado por Colombo. Um indicativo disso é que peemedebistas próximos ao senador começam a defender a ampla aliança.
— A bancada vai chamar o Luiz Henrique e dizer que ou ele é candidato ao governo ou aceita a composição — acredita um peemedebista que considera a aliança próxima.
Ao mesmo tempo em que espera uma definição de Luiz Henrique, o governador entende o dilema do senador e não pretende pressioná-lo. Conta, inclusive, com o risco de perder o parceiro fundamental em suas vitórias nas eleições para senador, em 2006, e para o governo, em 2010.
— O Colombo tem consciência de que a posição do Luiz Henrique pode não ser um blefe. Se o PMDB não vier, paciência — afirma um aliado.

Fonte: Site A Notícia 31/05/2014

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